JONAS PINHEIRO ELOGIA POLÍTICA AGRÍCOLA
Pinheiro citou em seu discurso 11 medidas consideradas importantes. Entre elas, o lançamento da Cédula do Produtor Rural, título criado em 1994 e que pode ser emitido por produtores rurais ou por suas cooperativas para que possam vender antecipadamente sua produção. Assim, o produtor recebe o dinheiro referente à sua safra ou seu rebanho antes que os produtos estejam em ponto de entrega, o que é uma forma de financiamento relativamente barata e segura, observou.
- Esse mecanismo criará, nos produtores, o hábito de negociar no mercado de futuros, com a possibilidade de se aumentar o número de compradores potenciais e atrair investidores de fora do ramo do agronegócio - disse Jonas Pinheiro.
O senador mencionou também os estímulos criados à expansão do seguro agrícola privado e à internacionalização dos mercados de futuros e opções agrícolas. Com essa medida, acrescentou, investidores estrangeiros podem operar com contratos de futuros (contratos lastreados em futura safra) e de opções (contratos em que se garante a opção de compra ou venda de futura safra) em produtos agrícolas no Brasil.
Outra medida adotada pelo governo foi o incentivo à renovação da frota do maquinário agrícola, por meio da criação de linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinada a tratadores e colheitadeiras, a taxas de juros entre 8,75% e 10,75%, com prazos de seis a oito anos para pagar.
Além disso, o governo vai reduzir os custos portuários, eliminando procedimentos burocráticos; dispensar os mini e os pequenos agricultores da apresentação de diversas certidões quando do registro legal de instrumentos de crédito e garantias; flexibilizar as leis de classificação de produtos vegetais e armazenagem; elevar os recursos destinados a assentamentos rurais; e ampliar o apoio tecnológico a cargo da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa).
Jonas Pinheiro anunciou decisão adotada em Paris, pela Sociedade Internacional de Epizootia, aprovando o pedido do Brasil para que parte do território dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso seja classificado como "Livre da Febre Aftosa por Vacinação". Os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná já obtiveram essa classificação.
- Esta é uma importante vitória da agropecuária brasileira e facilitará a exportação da carne bovina - disse o senador.
28/01/2000
Agência Senado
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