José Agripino critica política econômica



O senador José Agripino (DEM-RN), em pronunciamento nesta segunda-feira (18), fez duras críticas ao "modelo capenga" da política econômica brasileira, que, em sua avaliação, tem feito com que o país perca a competitividade diante de outras nações emergentes. O parlamentar, que atacou o excesso de burocracia e a elevada carga tributária do país, considera que o governo deixou de tomar medidas importantes em resposta à crise mundial de 2008 e tornou-se desfavorável aos investimentos privados.

- Só há um caminho para nós nos reencontrarmos: é o Brasil assumir de verdade que o capital privado tem que ser prestigiado - afirmou.

Agripino lembrou que países como o México, o Chile, a Colômbia e a China investiram fortemente para se tornarem competitivos depois de contornada a crise - situação em que, conforme avaliou, prevalecem os países com burocracia simplificada, bom nível de educação e carga tributária "civilizada":

- O Brasil se descuidou de fazer o dever de casa, olhando para o futuro, tendo em mente que futuro se faz com planejamento e com visão. O Brasil não investiu em estradas, portos, aeroportos. O Brasil não investiu na diminuição da carga tributária, o que poderia ter feito; não investiu na qualificação dos seus quadros; não investiu na desburocratização do sistema administrativo brasileiro - lamentou.

O senador afirmou que o governo "não sabe para onde correr" no controle da inflação, citando as pressões da redução da taxa de juros e da desvalorização cambial no aumento do custo de vida. Para ele, o uso da Petrobras como instrumento de controle da inflação tem levado a uma "semiquebradeira", e a redução das contas de energia elétrica acabam "sacrificando a Eletrobrás e afugentando os investidores".



18/02/2013

Agência Senado


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