José Agripino protesta contra política econômica



O senador José Agripino (DEM-RN) alertou nesta quinta-feira (10) para as falhas na condução da economia do Brasil e disse que faltam planejamento e visão sistêmica ao governo. Ele manifestou seu pessimismo diante da alta dos juros e da redução da competitividade do país.

– Ou o Brasil acorda, ou, de equívoco em equívoco, vamos para o fundo do poço – afirmou.

O parlamentar relatou sua participação durante encontro em Miami (EUA) com empresários e parlamentares, sobre relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos, destacando-se três assuntos: turismo, etanol e suco de laranja. Ele contou que foi questionado sobre a diferença das duas capas da revista britânica The Economist, que mostram, sucessivamente, o Cristo Redentor subindo como um foguete e descendo em parafuso.  Em resposta, disse Agripino, explicou que o Brasil não soube aproveitar as benesses da fase de superávit comercial e dinheiro disponível para investimentos.

Para José Agripino, o país desperdiçou a oportunidade de "plantar uma semente" para tornar-se competitivo e hoje está colocado em posição "humilhante" diante do desempenho econômico dos demais países emergentes. Ele pediu atenção da equipe econômica, prevendo que, se nada for feito, a situação continuará pouco favorável.

– É preciso que haja reação. Se o Brasil não acordar, não mudar de atitude, vai tornar-se um país emergente no 15º ou no 20º lugar do ranking mundial – advertiu.

O senador também condenou a política de preços administrados pelo governo, que, para ele, terão que subir cedo ou tarde; e o fracasso em leilões de concessão, que atribuiu a regras que reduzem a rentabilidade das atividades.

Comentando a elevação da taxa de juros, determinada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), José Agripino observou que nenhum país consegue sobreviver pagando juros tão altos e criticou a falta de iniciativa do governo em buscar a redução da inflação através da redução do gasto público. Agripino advertiu que a taxa de juros - a maior do mundo, frisou - é menor para os "afortunados" do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através de subsídios pagos pelo contribuinte.



10/10/2013

Agência Senado


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