José Agripino defende apuração da violência em Rondônia
O líder do PFL no Senado, José Agripino, defendeu a apuração do episódio em que garimpeiros que exploravam diamantes na Reserva Indígena Roosevelt, em Rondônia, foram mortos por índios da tribo Cinta-Larga. O senador afirmou que "há o que investigar" e criticou o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, que adiantou a intenção do órgão de defender os índios acusados da morte de mais de 20 garimpeiros.
- Quem governa deve ser árbitro e não tomar partido de um lado ou de outro - sustentou.
Ao contrário das rebeliões em presídios, "que estão se tornando uma constante no país", Agripino observou que "a barbárie em Rondônia", onde garimpeiros degolados e mutilados, "causou indignação no país e suscita o debate, inclusive no Senado".
José Agripino se referiu ainda a aparte feito ao senador Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), quando acusou o governo Luiz Inácio Lula da Silva de ser "ambíguo" e não cumprir promessas de campanha. O líder pefelista explicou ter assinalado a ambigüidade como ponto comum entre a gestão petista e o governo João Goulart, cujo clima, em seus últimos dias, estaria muito próximo da situação vivida pelo atual do governo.
O senador pelo Rio Grande do Norte aproveitou a oportunidade ainda para negar vinculação com a ditadura militar.
- Fui o primeiro governador eleito pelo voto direto após o regime militar e o primeiro governador do Nordeste a romper com o meu partido para apoiar a eleição de Tancredo e a redemocratização do país - disse.
20/04/2004
Agência Senado
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