José Agripino quer priorizar a reforma política
O novo líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), quer priorizar a aprovação da reforma política, por considerá-la a mais básica de todas. Para ele, é fundamental fortalecer os partidos políticos e para isso é fundamental adotar as exigências de fidelidade partidária e de desempenho mínimo nas eleições, aliadas ao financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais.
Agripino reconheceu que a batalha maior da reforma política se dará na Câmara dos Deputados, mesmo porque esses dispositivos já foram aprovados no Senado. -Tudo está represado lá-, disse, indicando a Câmara.
Em relação às reformas previdenciária e tributária, Agripino disse que seu partido aguardará as propostas que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enviará ao Congresso. Segundo ele, caberá ao PT, que tanto opôs obstáculos às propostas apresentadas pelo governo Fernando Henrique, mostrar que mudou e que agora considera as reformas indispensáveis ao país.
Agripino garantiu que o PFL examinará os projetos de forma serena e desapaixonada, pensando no bem do Brasil, mas não vai apresentar propostas.
O líder do PFL manifestou-se contrário à idéia de encurtar os prazos de tramitação das reformas previstos no Regimento Interno. Os prazos permitem amplo debate, bem como o estabelecimento do contraditório, onde cada um tem oportunidade de defender suas idéias, disse.
- Se o governo quiser agilizar a reforma previdenciária, pode aproveitar o PLC nº 9, prevendo novas regras para aposentadoria dos servidores públicos que ingressarão no serviço, que já está pronto para ser votado. Não resolve o déficit do setor, mas sinaliza vontade política. Pode representar a retirada da tampa de uma chaleira que está prestes a explodir - sugeriu o senador.
03/02/2003
Agência Senado
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