JOSÉ JORGE HOMENAGEIA O PINTOR VICENTE DO REGO MONTEIRO
Sua obra foi construída a partir de várias influências, entre elas o Futurismo, o Cubismo, a estampa japonesa, a Escola de Paris, o barroco brasileiro e sobretudo a arte indígena que ele encontrou na Ilha de Marajó, no Pará. De acordo com o crítico Walter Zanini, citado por José Jorge, a pintura de Monteiro era determinada por "formas planas circunscritas no espaço, pelo desenho táctil e rigoroso, de elegantes ritmos compassados, coadjuvado pela coloração moderada, luminosa, de poucas e menores variantes de meios-tons".
De acordo com o senador, o pintor utilizou-se de vários temas como a religião, os esportes, os mitos, os operários, as mulheres, as crianças e os animais. Entre suas obras mais importantes estão A Crucifixão, a Adoração dos Reis Magos, A Mulher Sentada, o Menino e os Bichos e os Boxeadores.
Apesar da importância do trabalho de Monteiro, o reconhecimento de sua obra ainda é relativamente modesto, na visão do senador José Jorge, que citou reportagem sobre o assunto publicada pelo Jornal do Commercio de Recife com o título "O Centenário Humilde de Rego Monteiro". Duas exposições foram inauguradas este mês na cidade: no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães são mostrados 11 de seus quadros; e no Arquivo Público Estadual, documentos que ilustram suas atividades como artista gráfico, escritor, tipógrafo e jornalista.
- Mesmo agora constatamos que estamos longe de conceder ao grande artista o reconhecimento e a glória a que ele faz jus - disse o senador.
José Jorge lembrou que ainda vivo, Rego Monteiro não recebeu o devido reconhecimento, sendo obrigado a uma vida financeiramente modesta para um homem da sua sofisticação artística e intelectual. Além de pintor, Rego Monteiro também foi poeta e automobilista.
Uma das principais características do pintor - sua ligação com Pernambuco, apesar das longas temporadas passadas em Paris, também foi ressaltada pelo senador.- Ele é Pernambucano, não apenas por ter nascido no Recife, no tradicional bairro da Boa Vista, mas porque a pernambucanidade impregnou profundamente seu modo de ser - disse o senador.
14/12/1999
Agência Senado
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