José Jorge quer ouvir área de inteligência do governo federal
O senador José Jorge (PFL-PE) apresentou requerimento à Comissão de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI) para que sejam ouvidos o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Armando Félix, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Márcio Paulo Buzanelli, sobre um eventual pedido do então ministro da Fazenda Antonio Palocci para que o caseiro Francenildo dos Santos Costa fosse investigado pelo aparato de inteligência do governo. O senador também defende o comparecimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao Congresso para esclarecer questões ligadas à quebra do sigilo bancário de Francenildo.
Dentre os pontos que precisariam ser explicados por Thomaz Bastos, na opinião de José Jorge, estão a origem da suspeita de que o caseiro teria recebido dinheiro para acusar Palocci de freqüentar a "casa de Ribeirão" em Brasília; a autoria do pedido de quebra do sigilo bancário do caseiro ao então presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e a atitude dos assessores do Ministério da Justiça ao tomar conhecimento da violação do sigilo e do suposto pedido de Palocci para investigar Francenildo.
Embora admita não haver provas do envolvimento do ministro da Justiça nesse episódio, o senador acredita existir, pelo menos, indícios de omissão. Esse mesmo comportamento teria sido compartilhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que levou dez dias para afastar Palocci do Ministério da Fazenda.
- Palocci agiu com o apoio de todo o governo. É impossível acreditar que Lula não soubesse da tentativa de protegê-lo castigando o caseiro - afirmou.
04/04/2006
Agência Senado
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