José Maranhão questiona indicação de representante da ONU de intervenção no Judiciário



O senador José Maranhão (PMDB-PB) questionou nesta quinta-feira (23) a recomendação da relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para Execuções Extrajuciais Sumárias ou Arbitrárias, Asma Jahangir, no sentido de que aquela organização investigue o Poder Judiciário brasileiro. O parlamentar afirmou que os fatos constatados pela representante da ONU - -um retrato da realidade brasileira- - não são culpa do Judiciário, mas do Executivo.

Maranhão lembrou que cabe ao Executivo o policiamento ostensivo, a investigação de crimes, a proteção a testemunhas e a administração de presídios, de delegacias e da Febem, questões que preocuparam Jahangir. O senador ressaltou que ao Judiciário cabe apenas julgar os casos que lhe são apresentados.

O parlamentar concordou com Jahandir no que diz respeito à lentidão da Justiça brasileira. Ele citou, como uma das causas disto, o crescimento do número de demandas, enquanto o número de juízes permanece estável. E ressaltou que há, no Brasil, apenas um juiz para cada 14 mil habitantes, enquanto a média mundial é de um para 7 mil, e, o ideal, um para cada 4 mil.

Em aparte, os senadores do PMDB do Piauí, Alberto Silva e Mão Santa, se associaram a José Maranhão na defesa do Poder Judiciário.



23/10/2003

Agência Senado


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