JOSÉ SAAD DEFENDE PRODUTORES DE ALGODÃO



O senador José Saad (PMDB-GO) atribuiu hoje (dia 13) a uma "incompetente e desvairada política de abertura comercial" a destruição da cultura algodoeira no Brasil. Ele manifestou seu apoio às reivindicações dos produtores de algodão de Goiás, alegando que elas são justas e sensatas e que, se atendidas, propiciarão a recuperação de um setor que tanto já contribuiu para as exportações brasileiras.

Conforme o senador, a política de abertura comercial que prejudicou a cultura algodoeira do Brasil trouxe abruptamente a concorrência do algodão importado e, em razão dos absurdos juros cobrados no país, os produtores não conseguem acompanhar as mudanças. "A realidade é que passamos de grandes exportadores de algodão para grandes importadores", lamentou ele.

Saad afirmou que, percebendo o equívoco dessa política destrutiva da produção nacional, o governo anunciou um plano para recuperar a lavoura algodoeira. Acreditando nesse plano, ele disse que os produtores goianos plantaram 163 mil hectares de algodão, ampliando uma área ocupada anteriormente por 84 mil hectares da planta.

- Todavia, iniciadas as colheitas, os preços do algodão nivelam-se ao preço mínimo estipulado pelo governo e, em alguns mercados, situam-se mesmo abaixo desse nível - deplorou.

José Saad enumerou as reivindicações dos produtores goianos quanto à necessidade de reformulação dos instrumentos governamentais de apoio e incentivo à cultura do algodão. O primeiro apelo é para que o governo adquira 20% da produção de algodão em pluma de produtores não enquadrados no instrumento Aquisições do Governo Federal (AGF).

Entre as diversas reivindicações, existe também um pedido de aumento da alíquota de importação de algodão e um apelo para que seja alterada a Resolução do Banco Central que dispõe sobre a concessão de crédito aos fabricantes de insumos utilizados em produtos destinados à exportação. Saad reconheceu que um problema que vem atravessando décadas não pode ser resolvido de um dia para outro. Sustentou, entretanto, que, se nada for feito agora, novas décadas passarão sem uma efetiva solução.



13/04/1998

Agência Senado


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