José Sarney, Michel Temer e Gérard Larcher expressam tristeza pela tragédia do vôo 447



Ao receber, nesta terça-feira (16), a visita do presidente do Senado francês, Gérard Larcher, os presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara, Michel Temer, expressaram sentimentos de tristeza pelas vítimas do vôo 447, que caiu no Atlântico, no último dia 1º, matando 228 pessoas. Na ocasião, Larcher exprimiu a gratidão do povo francês pela valiosa colaboração prestada pelas Forças Armadas brasileiras em busca das causas dessa fatalidade.

- Em nome do Senado francês e da França, quero elevar meu pensamento às vítimas brasileiras, sem esquecer obviamente todas as vítimas de todos os países. A amizade se conhece quando é noite. E é nessa dificuldade que podemos comprovar o envolvimento dos nossos amigos brasileiros, e eu quero agradecer por isso. - disse Larcher.

Em defesa do estreitamento das relações Brasil-França, Gérard Larcher expressou o desejo do seu país numa parceria mais intensa entre o Congresso brasileiro, a Assembléia Nacional francesa e o Senado daquele país. Isso, conforme explicou, se concretizaria em apoio à parceria estratégica conduzida pelos presidentes Nicolas Sarcozy e Luiz Inácio Lula da Silva, entre França e Brasil.

- Essa parceria estratégica diz respeito a várias áreas - na defesa, no social, no desenvolvimento econômico, na energia - mas quero ressaltar que acho que temos um olhar semelhante sobre os assuntos do mundo. Não acreditamos num mundo unilateral, que não nos deixaria outras alternativas do que o terrorismo ou outras decisões unilaterais.

Como exemplo dessa coincidência de valores sobre o mundo, Larcher citou os recentes discursos dos dois presidentes na Organização Internacional do Trabalho. Ele entende que, naquele evento, Sarcozy e Lula mostraram que, na crise vivida pelo mundo, as dimensões humana e social são fundamentais.

- Nossos países devem trazer uma resposta à globalização, retomando uma fórmula do presidente Chirac, que seria uma domesticação da globalização. Creiam que acreditamos muito no reforço da parceria entre as câmaras dos dois Congressos. Vejam, por favor, nesta nossa visita, um novo ponto de partida para ações mais fortes. Esta é a mensagem que eu quis trazer.

Ao falar da alegria em receber o presidente do Senado francês, Sarney disse que a França exerce fascínio em todos os brasileiros, em particular, nos afeiçoados à literatura. Ele explicou a distinção na formação da América espanhola e da América portuguesa, observando que, enquanto aquela foi forjada em batalhas que a separaram em vários países, a América portuguesa transformou-se um país único, mediante a ação do poder civil, formado por homens que se reuniram para pensar e construir instituições, entre elas, o Senado.

Sobre o bicameralismo brasileiro, Sarney deu a seguinte explicação:

- Há uma linha invisível que nos separa e ao mesmo tempo nos une. Esta é uma Casa com mais de 180 anos de tradição. Quando fizemos nossa independência, no ano seguinte, fizemos nossa assembléia constituinte, já pensando na formação de um país baseado no estado de direito. Na assembléia constituinte de 1823 estava a concepção do nosso sistema bicameral. Quando pela primeira vez o Senado se reunia, em 1826, iniciamos a longa tradição desta Casa, da qual temos imenso orgulho.

Além da comitiva que acompanhava Gérard Larcher, participaram da audiência os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Romeu Tuma (PTB-SP) e os deputados Vieira da Cunha (PDT-RS) e Marcondes Gadelha (PSB-PB).



16/06/2009

Agência Senado


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