José Sarney narra a Batalha de Jenipapo
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), abriu a sessão desta segunda-feira (14), cuja primeira hora é destinada, por solicitação do senador Wellington Dias (PT-PI), a comemorar a Batalha do Jenipapo. O presidente da Casa contou a história da batalha, realizada há 188 anos.
José Sarney explicou que os estados do Maranhão, do Piauí e do Ceará mantinham-se fiéis à Coroa Portuguesa, apesar da independência proclamada por Dom Pedro I. João José da Cunha Fidié, que comandava as tropas leais a Portugal no Piauí, partiu de Oeiras, então capital piauiense, com um grupo bem armado para conquistar a cidade de Parnaíba, no norte do estado, que tinha aderido à Independência.
Debelados os rebeldes parnaibanos, Fidié decidiu voltar a Oeiras, que em sua ausência também aderira à independência. No meio do caminho, porém, enfrentou um grupo mal armado e preparado, formado de "homens simples, armados de instrumentos de trabalho, foices, chuços, facões".
Em Campo Maior, "às margens do Jenipapo, naquela região belíssima formada de carnaubáis e caatinga de vegetação baixa", Fidié ganhou a batalha, mas perdeu a guerra. Embora tenha vencido, Fidié perdeu homens, suprimentos e munição, tendo por isso desistido de voltar para Oeiras e se refugiado em Caxias, no Maranhão, onde, posteriormente, foi cercado e se rendeu, e com ele o último foco de resistência das tropas portuguesas à Independência.
José Sarney lembrou que seu tetravô, Manuel Leopoldino da Costa Ferreira, esteve entre os que lutaram na Batalha do Jenipapo.
Antes de iniciar seu pronunciamento, o presidente do Senado Federal convidou o governador do Piauí, Wilson Nunes Martins, para integra a mesa durante a homenagem, como também o escritor Laurentino Gomes.
14/03/2011
Agência Senado
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