JOSÉ SERRA REITERA SUA SUGESTÃO DE EXTINGUIR TR
O senador José Serra (PSDB-SP) defendeu hoje (dia 22), durante o debate no Congresso Nacional com os ministros Pedro Malan e Antônio Kandir, que, independentemente do diagnóstico e das medidas adotadas pelo governo, "corretas e inevitáveis", a extinção da TR e a retirada do imposto de renda na fonte dos títulos públicos atenuariam suas conseqüências sobre a economia e a sociedade. As sugestões estão sendo analisadas pelos técnicos do governo, assegurou Malan.
A manutenção da TR, segundo o senador, tem resultado na fixação de índices de correção superiores aos da inflação, com conseqüências nefastas para o déficit público, para os mutuários do Sistema Financeiro da Habitação e para estados e municípios, pelo impacto sobre os juros de financiamentos destinados à área de saneamento.
- De 1994 para cá, a TR foi responsável pelo aumento de R$ 10 bilhões no FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais) - disse. Em resposta ao argumento de que extinguir a TR resultaria em fuga dos aplicadores em poupança, Serra defendeu a fixação, pelo Conselho Monetário Nacional, de juros superiores exclusivamente para os rendimentos da poupança.
Malan reconheceu que a TR tem "um vício de origem" e provoca um descasamento na correção de ativos e passivos da economia. No entanto, ponderou, qualquer mudança, por envolver dezenas de milhares de poupadores, "exige enorme cautela e não pode ser feita de chofre". Quanto à retirada do IR dos títulos públicos, o ministro considerou que ela geraria problemas de remuneração diferenciada entre títulos públicos e privados, fato visto como "altamente problemático" pelos técnicos do Banco Central.
22/11/1997
Agência Senado
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