Tucanos reforçam José Serra
Tucanos reforçam José Serra
Pré-candidato ao Planalto, o ministro da Saúde se reúne hoje com empresários pernambucanos, em uma ofensiva local contra a candidatura do governador Tasso Jereissati
O PSDB de Pernambuco começa a preparar uma ofensiva de combate à estratégia do governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB) – que definitivamente botou o bloco na rua rumo à sucessão presidencial. A ordem é investir todas as fichas no nome do ministro da Saúde, José Serra (PSDB), como opção do partido à Presidência da República. O secretário de Projetos Especiais – e maior liderança do PSDB em Pernambuco – Sérgio Guerra, oferece um jantar ao ministro, hoje à noite, em sua residência. Guerra já admitiu sua simpatia pelo ministro da Saúde como o candidato tucano à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Há uma semana, a família do ex-governador de São Paulo, Mário Covas (já falecido), ofereceu a mesma homenagem ao governador do Ceará. Na ocasião, os familiares de Covas reafirmaram o apoio – que havia sido hipotecado por ele próprio, pouco antes de morrer, em março deste ano – à candidatura presidencial de Tasso Jereissati. O episódio era o reforço que faltava para fazer deslanchar a pré-candidatura do governador cearense.
Para o jantar de hoje, foram convidados empresários, profissionais liberais e jornalistas de Pernambuco. Sérgio Guerra desvinculou a iniciativa de qualquer conotação político-eleitoral. Segundo esclareceu, José Serra estava em visita à Paraíba e, considerando a proximidade entre os Estados, o secretário decidiu convidá-lo para “trocar umas idéias com algumas pessoas”.
O fato é que o ministro José Serra é tido como um político antipático, sobretudo na Região Nordeste. Um tucano de Pernambuco, em reserva, confessou que está mesmo na hora de Serra “conhecer melhor o Nordeste e o Nordeste conhecê-lo melhor. É preciso desfazer essa idéia errada que ambos têm um do outro”, admitiu.
A presença do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) no jantar em homenagem a José Serra não está confirmada. O peemedebista - um dos articuladores da candidatura única da base governista ao Planalto – já figurou como uma possível opção para ocupar a vice na chapa presidencial encabeçada pelo ministro tucano.
Ciro acusa ministro de “sabotar” Plano Real
SÃO PAULO – O presidenciável do PPS, Ciro Gomes, acusou ontem o ministro José Serra (Saúde), um dos nomes do PSDB para a sucessão de Fernando Henrique Cardoso, de ter sabotado o Plano Real. De acordo com Ciro, entre outros episódios, o ministro teria se posicionado, às vésperas da implantação do plano, de maneira contrária à revisão constitucional em um momento em que essa era uma das premissas impostas pelo FMI para a renegociação da dívida externa. “E sem a renegociação não era possível o Plano Real”, disse ele.
Ciro Gomes atacou também o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Como pretexto, utilizou declaração de Lula em que o petista diz que é preciso primeiro acabar com a fome para depois exportar. Para o ex-ministro, um erro grosseiro. “Exportar é o caminho para saciar a fome. Meu bom amigo Lula, infelizmente, não tem experiência. A inexperiência (para Lula) foi uma opção de vida. Está há anos sendo candidato, sem manejar orçamentos. Preferiu o comodismo de atirar pedras”, afirmou.
Nem mesmo o governador Itamar Franco (PMDB), com quem Ciro diz pretender uma aliança, foi poupado. Segundo o pré-candidato, tanto Itamar quanto a governadora Roseana Sarney (PFL) são nomes inventados. O ex-ministro ainda se disse disposto a manter o relacionamento com Tasso, seu tradicional aliado e padrinho político, mesmo que o governador seja o candidato tucano. Mas
condicionou essa possibilidade ao futuro.
DESOCUPADO – Em nota à imprensa, Serra afirmou não pretender bater boca com “um político desocupado, cuja única idéia é insultar os outros e, sempre que pode, mentir. Tenho uma boa notícia para Ciro: já saiu o genérico do Lexotan, 55% mais barato”, diz a nota, referindo-se ao calmante. A assessoria de Lula não se manifestou até o final desta edição.
Projeto da PM divide os deputados
Os deputados receberam com cautela o projeto de lei que altera o processo de promoção para os coronéis da Polícia Militar. Apesar de alegarem “desconhecer” a proposta do Governo, a “bancada de segurança” da Assembléia Legislativa - como são conhecidos os parlamentares que mantêm fortes bases eleitorais nesse segmento - esboçou um tímido julgamento, dando sinais de que a questão poderá dividir as opiniões na Casa. Um dos pontos de maior desencontro deverá ser reservado ao item que pretende “oxigenar” o mais alto escalão da PM com a redução no tempo de ocupação dessa patente, de sete para quatro anos.
Coronel reformado da Polícia Militar, o deputado estadual Sebastião Rufino (PFL) afirmou, ontem, que a intenção do Palácio das Princesas de privilegiar os oficiais mais novos da corporacão fica comprometida por “algumas lacunas”. De acordo com o pefelista, ao excluir dessa reforma os cargos de chefia (comandante-geral, chefe do Estado Maior e o chefe da Casa Militar), o Executivo não cumprirá sua meta.
“Essas exceções comprometem a essência do projeto e acabam não solucionando o problema e expondo incoerências como a reforma de militares com menos de 50 anos de idade, no ápice de suas carreiras”, comentou.
Além da alteração no limite para a aposentadoria dos militares, a extinção do critério de merecimento nas promoções de tenentes e coronéis provocou polêmica. Ao contrário de Sebastião Rufino - que dirigiu críticas a este tópico - o delegado e deputado Antônio Moraes (PSDB) aprovou a proposta de adoção exclusiva da antigüidade na mudança de patentes.
“Acredito que esse tipo de iniciativa deverá acabar com os vícios da PM, uma vez que o critério do merecimento pode ser julgado de forma subjetiva, já o tempo de serviço não.”
Procurados pelo JC, os deputados Pedro Eurico (PSDB) e Henrique Leite (PT), que também integram a bancada de segurança da Assembléia, não quiseram comentar o projeto de lei encaminhado pelo Palácio das Princesas. A matéria será repassada às Comissões de Constituição e Justiça e de Administração e Serviços Públicos nos próximos 15 dias.
PROGRAMA DO PFL SERÁ EXIBIDO HOJE
O programa do PFL sobre a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (foto), que será veiculado hoje em cadeia nacional de TV, às 20h30, terá como alvo as mulheres, 50,8% da população brasileira, segundo o IBGE, e 50,5% do eleitorado, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. Com 20 minutos, a propaganda começa com um clipe que mostra imagens de mulheres de idades e profissões variadas. A imagem da presidenciável só aparece no fim do clipe de abertura. O publicitário Nizan Guanaes disse que criou o jingle na sua casa de praia, na Bahia. “Para não esquecer, liguei para o meu próprio celular e gravei a música na caixa de recados. Em seguida, telefonei para Roseana e cantei a música para ela”, afirmou.
PSDB É PROIBIDO DE ATACAR O PT
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Garcia Vieira, impediu o PSDB de reproduzir em sua propaganda gratuita uma inserção que considerou ofensiva à imagem do PT. O PT sustentou que houve desvio de finalidade no uso do espaço destinado à propaganda partidária do PSDB no último dia 23 em cadeia nacional de rádio e televisão. O partido alega que sofreu ataques diretos e bastante ofensivos à honra. Conforme o PT, na inserção, o PSDB apresenta um personagem denominado “Cunhado” que levanta a camisa, mostra a barriga e esfrega as unhas. Enquanto isso, é dita a frase: “Mas com certeza, no fundo alguma coisa ele tem de P T”. Em seguida, um locutor afirma: “Não seja do contra”. O programa é finalizado com o slogan: “Seja PSDB. Um partido a favor do Brasil”.
Maluf se livra do processo no caso dos precatórios
SÃO PAULO – A Justiça Federal decretou ontem a extinção da punibilidade por considerar prescritos os crimes atribuídos ao ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) na ação penal em que ele era acusado de supostas fraudes na emissão de títulos públicos para pagamentos de precatórios.
A decisão, de 20 páginas, da juíza Adriana Pillegi de Soveral, da 8ª Vara Criminal Federal, está sendo considerada bastante favorável ao pepebista, porque pode interferir na investigação do Caso Jersey – existência de fundos financeiros em nome de Maluf e seus familiares no paraíso fiscal do Canal da Mancha e na Suíça.
A juíza determinou remessa de cópias da sentença ao Ministério da Justiça e ao Ministério das Relações Exteriores para conhecimento. A medida será usada pela defesa para bloquear de vez as cartas rogatórias expedidas no início de outubro pelo ministro da Justiça, José Gregori, às autoridades de Genebra e de Jersey, para obter quebra do sigilo de Maluf e confisco de seus bens.
Procuradores da República empenhados na investigação não quiseram se manifestar sobre a sentença. No entanto, deverá ser apresentado recurso contra a decisão da juíza, que foi recebida com euforia pelo ex-prefeito: “Sempre acreditei na Justiça”, comemorou Maluf.
Nas últimas semanas, a defesa do pepebista desencadeou ofensiva inigualável para amarrar as apurações sobre contas no exterior.
Ferro vê “desespero” nas críticas de Jarbas a Dutra
O deputado federal Fernando Ferro (PT) entendeu a postura do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) – diante das denúncias de suposto envolvimento do governador gaúcho, Olívio Dutra (PT), com o jogo do bicho – como uma demonstração de “desespero” diante das chances eleitorais do PT em 2002. Ferro diz que o PT é “alvo de uma quadrilha” no Rio Grande do Sul, mas irá “tirar de letra” esse episódio. Ontem, Jarbas considerou graves as denúncias contra a gestão petista e cobrou explicações.
“Isso tudo é uma armação contra o PT. Nós já estamos tomando todas as providências para provar isso. O PT vai ganhar as eleições presidenciais e vai ganhar em Pernambuco. Por isso Jarbas está tão desesperado”, reagiu Ferro. O governador elegeu o PT como o seu maior adversário, após a vitória do partido no Recife, no ano passado.
Fernando Ferro acusou ainda o governador de pretender igualar o PT ao seu partido, o PMDB. A legenda tem tido dirigentes – a exemplo do ex-presidente do Senado, Jáder Barbalho (PMDB-PA) – no centro de denúncias de irregularidades. “É importante para o governador nivelar o PT a gente como Jáder, do PMDB. Mas, diferente do Governo dele, que está mergulhado em denúncias de corrução (em referência às irregularidades apontadas pelo TCU nas obras da BR-232), o Governo de Dutra é vítima de uma armação”, defendeu.
Colunistas
Pinga-Fogo - Inaldo Sampaio
Façanha cearense
O modelo cearense de governo pode até estar esgotado, mas foi responsável nos últimos 15 anos pelo aparecimento de dois candidatos à presidência da República: Tasso Jereissati e Ciro Gomes. Tasso começou sua trajetória no Centro das Industrias, arma articulada por jovens empresários para combater o coronelato que então dominava aquele Estado - Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals. Dos três, apenas Adauto se encontra vivo.
A tática deles surtiu efeito. Chegaram ao poder em 86 com o próprio Tasso, à prefeitura de Fortaleza dois anos depois com Ciro Gomes, ao governo novamente com o prefeito da capital, e ao Palácio do Cambeba mais duas vezes com o atual governador. Algo de bom eles devem ter feito para ganhar, consecutivamente, quatro eleições majoritárias. Hoje em dia, embora a prática de governo pareça cansada, o grupo conseguiu uma façanha que nem Pernambuco e nem a Bahia, que têm tradição política, conseguiram.
Claro que um dos dois se esvaziará. Mas não deixa de ser um notável feito um Estado pequeno e pobre do Nordeste produzir no espaço de 15 anos dois bons candidatos a presidente. Um, de centro-direita, que é Tasso, e o outro atuando no centro-esquerda.
Base amplíssima
Jarbas, se for candidato à reeleição, poderá fazer campanha em Arcoverde em três palanques diferentes: o do deputado José Marcos (PFL), que é apoiado pela prefeita Rosa Barros, o do deputado Israel Guerra (PSDB), que irá dobrar com Roberto Magalhães, e o da vereadora Célia Cardoso (foto), do Partido Verde. De quebra, poderá contar ainda no seu palanque com os deputados federais Inocêncio Oliveira (o candidato da prefeita) e Joel de Holanda (PFL).
Gratidão 1
Apesar de suas ligações com Miguel Arraes, o prefeito de Vitória, José Aglaílson (PSB), pretende conceder uma medalha de ouro ao presidente FHC. É uma retribuição aos programas sociais implantados por ele no seu município. “Costumo ser grato a quem me ajuda e não admitido ser patrulhamento por ninguém”, avisou o prefeito.
Gratidão 2
Aglaílson (PSB) entregou ontem no Ginásio Dom Bosco sete mil cartões magnéticos da Caixa Econômica referente ao programa “Bolsa Escola”. Através dele, irão circular no município, mensalmente, cerca de R$ 120 mil reais. Ele está feliz com a chegada do programa porque existem em Vitória hoje cerca de 30 mil desempregados.
Deputado se antecipa e faz a contabilidade
Relator na Comissão de Finanças da Assembléia Legislativa do capítlo do Legislativo e do Judiciário do OGU-2002, Ranílson Ramos (PPS) já fez os cálculos sobre o que é devido aos dois poderes relativamente à URV: R$ 150 milhões.
À espera de Jorge para saber das “últimas”
Assim que Bornhausen retornar da Europa, para onde viajou em companhia de FHC, receberá a visita de um correligionário ilustre: Inocêncio Oliveira. O líder do PFL quer saber como andam os entendimentos com o PSDB.
Olho no olho
Ameaçados de cair fora da PM, alguns coronéis disseram o “diabo” ao comandante-geral Iran Pereira por causa do projeto de lei do Executivo reduzindo o tempo de permanência deles na corporação. Os coronéis se julgaram “traídos” porque o comandante sabia de tudo e só lhe contou anteontem à tarde.
Falsa imputação
Em companhia de Jarbas Vasconcelos, o secretário André de Paula (produção rural) inaugura hoje matadouros públicos em duas cidades da Mata Norte nas quais não tem base: Vicência e Aliança. Ele fora acusado por deputados do próprio PFL de só tocar a construção de matadoutros em seus redutos eleitorais.
Barba de molho, senhores prefeitos de capitais! Vem aí pesquisa nacional de um grande instituto sobre o desempenho dos chefes de executivos nas 10 maiores capitais do país (Recife inclusa). João Paulo (PT) está obcecado por esses números para ter idéia do tamanho do seu cacife na montagem das chapas de 2002.
Se tiver brecha, quem estará hoje em Aliança para dar as boas vindas ao governador é o ex-prefeito Carlos Freitas (PSB), ligado a Eduardo Campos. Ele está-se aproximando do PFL. Vai votar em Augusto Coutinho (PFL) para deputado estadual, e talvez vote em Sérgio Guerra (PSDB) para senador.
Advertido ontem por amigos de que pode não estar fazendo um “bom negócio” com suas críticas a Jarbas Vasconcelos, o deputado Eduardo Campos (PSB) respondeu: “Temos que irritá-lo diariamente, levando-o a perder o controle emocional. Não foi assim que no pleito passado conseguimos derrotar Roberto Magalhães?”
Por recomendação médica, o deputado Antonio Moraes (PSDB) vai conter o garfo. Pesa 140 kg, superando em gordura José Marcos (PFL), que está com apenas 110 (pesava 164 kg). Não era para menos. Em suas andanças pelo interior, não raro ele foi visto por assessores almoçando entre 4 e 5 vezes.
Editorial
Camarão tipo exportação
Causou surpresa até mesmo a pessoas que lidam com os temas econômicos regionais saber que o camarão é hoje o segundo produto de exportação de Pernambuco, abaixo apenas do açúcar.
Em reportagem no Caderno Economia, no penúltimo domingo de outubro, a repórter Mariana Camarotti demonstra como, “discretamente e sem alarde”, a carcinicultura (criação e industrialização do camarão) vem crescendo ano a ano, entre nós. E nos oito primeiros meses deste ano perdeu “apenas para a secular cana-de-açúcar”.
No começo dos anos sessenta do século passado, o modelo de desenvolvimento preconizado para o Nordeste era o de substituição das importações, isto é, produção local dos produtos industriais habitualmente importados de Centro-Sul do País. Era este, aliás, o mesmo modelo preconizado nas três décadas anteriores para o Brasil, e que deu um grande impulso ao Rio de Janeiro, Minas Gerais e, sobretudo, São Paulo.
O Relatório do GTDN (Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste), preparatório dos planos diretores da Sudene, e redigido por Celso Furtado, já havia dado ênfase ao fato de que a nossa Região apresentava superávit no seu balanço de comércio exterior, isto é, vendia mais do que comprava aos mercados estrangeiros, tal a força de sua produção açucareira, cacaueira e de outros produtos naturais. Surgiram, assim, os incentivos fiscais e financeiros (artigo 34 do Primeiro Plano Diretor) para a instalação de indústrias sem similares. Com o tempo é que se voltaram as vistas dos planejadores também com grande ênfase para os produtos agrícolas, a pesca e a pecuária.
A produção e engorda de camarão em cativeiro tem ocorrido em vários Estados do Nordeste. Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará saíram na frente de Pernambuco, e produzem mais do que nós. Mas, com relação ao nosso Estado, revela Mariana Camarotti que o crescimento vem ocorrendo sem qualquer estímulo dos governos Estadual e Federal: “O setor vem crescendo sozinho”, diz o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão, Itamar Rocha. Faltam linhas de crédito mais baratas e menos burocráticas para financiar a produção dos que criam o camarão e o vendem para a indústria. Os empresários também alertam que a taxação do produto brasileiro, vendido para os países europeus, subiu de 4,3% para 9%, encarecendo o produto nacional e fazendo com que ele chegue ao mercado europeu, por exemplo, bem mais caro que o de países como o Equador e a Colômbia, apesar da menos distância do porto do Recife.
Mas, ao lado das reclamações do produtores, há algumas notícias positivas. Uma delas, a de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba (dia 23 de outubro último) de financiar US$ 3,8 milhões para a Empresa de Armazenagem Frigorífica (Empaf), radicada no Recife. De acordo com essa unidade industrial, do segmento frigorífico, projeta-se que o faturamento crescerá de US$ 26 milhões para US$ 30 milhões este ano. Claro, porém, que não é o benefício para uma só empresa que minimizará de forma marcante os problemas do setor. Esses problemas vão da falta de um lobby competente nas relações internacionais brasileiras até o financiamento de pequenos produtores. Em Pernambuco, a produção de pescado ainda é feita artesanalmente, em cerca de 20 colônias de pescadores. As embarcações mais usadas na atividade são lanchas e pequenos barcos. E, conforme o Departamento de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco, a única alternativa, para essas colônias, é a pesca oceânica. Uma atividade altamente rentável, dizem alguns técnicos, mas que exige grandes barcos e alta tecnologia.
Por enquanto, exportamos apenas o camarão inteiro, congelado. Precisamos vendê-lo em postas, condimentado ou de outras formas mais adequadas.
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11/01/2001
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