JUCÁ DESTACA RETOMADA DO CRESCIMENTO SEM INFLAÇÃO



Uma fase "excepcional de desenvolvimento, com bases sólidas, e que tem tudo para persistir no futuro, com reflexos positivos na geração de emprego, na redução da pobreza e nos investimentos sociais". Na avaliação do senador Romero Jucá (PSDB-RR), esta é a realidade da economia brasileira hoje, que surge após três anos em que foi preciso superar os imensos obstáculos das crises financeiras internacionais na Ásia e na Rússia e da desvalorização do real.

Em pronunciamento no Senado, o parlamentar previu um futuro "brilhante" para a economia nacional se o governo mantiver "o pulso e a sabedoria de persistir nesse mesmo caminho e ainda fazer as reformas que faltam". Ele destacou que, pela primeira vez, em décadas, o país está tendo crescimento econômico com inflação baixa. Ao contrário de surtos de desenvolvimento do passado, Jucá enfatiza que a ótima fase por que passa a economia não se deve a uma passageira bolha de consumo manipulada pelo governo.

O senador lembrou, recorrendo a dados publicados pela revista Exame, que nos últimos 12 meses foram criados mais de 900 mil empregos, estima-se um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de cerca de 4% para este ano e as exportações, a exemplo dos investimentos estrangeiros, tiveram grande expansão.

Romero Jucá saudou o recorde de exportações do país, no primeiro semestre deste ano, de US$ 26 bilhões. E lembrou que se no início da década de 90 os investimentos externos somavam apenas US$ 1 bilhão, o panorama agora é outro, pois os investimentos vindos do exterior, que no ano passado foram de US$ 30 bilhões, este ano repetirão esse valor.

Segundo o parlamentar, as raízes da atual expansão localizam-se no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando se promoveu uma abertura do país ao mercado internacional, lançaram-se as bases de uma política econômica de estabilidade da moeda e controle da inflação, além do objetivo do ajuste fiscal, que Jucá relaciona como uma "conquista mais recente".

Os benefícios dessa melhora do ambiente econômico, concluiu, já chegaram aos consumidores de formas diversas. De um lado, pela geração de empregos. De outro, por indicadores como a expansão do setor de cartões de crédito (mais 40% neste ano) ou da venda de microcomputadores (crescimento de 30% este ano).

10/11/2000

Agência Senado


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