Jucá diz que base governista vai fazer valer sua vantagem numérica e marcar posição



O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta quarta-feira (9) que a base governista vai fazer valer a sua maioria numérica para indicar o presidente e o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões Corporativos exclusiva do Senado. Jucá disse que, com isso, a base governista vai marcar posição.

- Marcar posição significa não deixar haver exploração política, exercer o papel da maioria, indicar presidente e relator, porque os números são favoráveis à correlação da base do governo. Em todo lugar do mundo, oito é maior do que três. Nós teremos oito membros da base do governo e três da oposição. Portanto, a maioria deve indicar o presidente e o relator - afirmou.

Jucá disse que a indicação dos integrante da CPI não sofrerá ingerência do governo, seguindo apenas o entendimento das lideranças partidárias. Ele acredita que, na próxima semana, todos os integrantes indicados pela base governista deverão estar definidos, bem como deverá estar concluído entendimento para indicação de quem ocupará a presidência e a relatoria da CPI.

Para Jucá, não há como abrir mão de um dos cargos, pois entende que a oposição quebrou o compromisso firmado em relação à CPI Mista dos Cartões Corporativos, na qual a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) ocupa o cargo de presidente.

- Eu fiz um trabalho, inclusive, de convencimento dentro da base do governo para que houvesse essa concessão. Nós fizemos a concessão e vimos que não adiantou nada. Se não houve um entendimento e quebrou-se esse entendimento, a base do governo, que é maioria, vai exercer o seu poder - assinalou.

O senador ainda classificou como "mais uma manobra política da oposição" a disposição anunciada de levar à apreciação do Plenário do Senado os requerimentos importantes que não forem aprovados na CPI. Na avaliação dele, não cabe recurso ao Plenário e a "manobra" é desgastante apenas para o Congresso Nacional e não para o governo.

- O governo não tem nada a temer. Essa é mais uma tentativa de manobra política da oposição que não dará em nada. O governo não vai entrar nessa disputa eleitoral com a oposição. A oposição quer fazer manobra eleitoral na CPI e nós não vamos permitir - concluiu.



09/04/2008

Agência Senado


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