Jucá: falta de entendimento no Congresso limitou ações de FHC
Em comunicação de liderança no final da sessão desta terça-feira (10), o vice-líder do governo, Romero Jucá (PSDB-RR) disse que a falta de entendimento no Congresso Nacional limitou as ações do governo Fernando Henrique Cardoso.
- O que não se conseguiu fazer não foi por falta de vontade política, mas por falta de condições, muitas vezes de entendimento, aqui no Congresso Nacional - disse.
Respondendo a críticas feitas pelo vice-presidente eleito, senador José Alencar (PL-MG), Jucá afirmou que a taxa cambial de 36%, na dívida rolada esta semana pelo governo federal, corresponde apenas à dívida de curto prazo. A dívida de médio prazo, de acordo com o representante de Roraima, teve uma taxa cambial de 24%.
- Esta taxa foi exatamente por conta da indefinição, entre outras coisas, da próxima direção do Banco Central - afirmou Jucá, lembrando que o novo governo ainda não indicou o presidente e os diretores do BC.
O vice-líder do governo disse ainda que seu partido irá ajudar o novo governo na aprovação dos nomes indicados para o Banco Central, sem pedir vista da indicação, o que poderia atrasar a nomeação. Os indicados têm de ser sabatinados e seus nomes aprovados pelo Senado, para que possam tomar posse.
Romero Jucá acusou ainda o Partido dos Trabalhadores (PT) de votar contra o limite de idade para a aposentadoria. Segundo ele, a aprovação desse limite melhorou a situação da Previdência. Disse também que o projeto de lei que trata da aposentadoria complementar dos servidores públicos - que qualificou como -o grande buraco da Previdência brasileira- - ainda não foi votado na Câmara devido à obstrução empreendida pelos partidos de oposição.
As críticas de José Alencar foram feitas em aparte ao discurso do líder do governo, senador Artur da Távola (PSDB-RJ). Jucá parabenizou Távola por ter tomado posse, na última sexta-feira (6), como chanceler da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.
- Vamos perder no Senado, mas a Universidade ganha muito e o Rio de Janeiro também - afirmou.
10/12/2002
Agência Senado
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