JÚLIO CAMPOS DEFENDE POLÍTICA PARA O ENSINO SUPERIOR
O senador Júlio Campos (PFL-MT) defendeu uma política que contemple a educação superior, desde a expansão do sistema até a qualificação e avaliação. Ele fez um apelo ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, para que estimule sua equipe a propor alternativas de financiamento para o ensino de 3º grau e também para a institucionalização do Crédito Educativo.
- Desafortunadamente, o Programa de Crédito Educativo, que teria todas as condições para desempenhar bem uma importantíssima função social, não consegue se institucionalizar, ser encarado como um verdadeiro "programa de governo" e não ficar oscilando conforme sopram os ventos - explicou.
Apesar de destacar o esforço do governo federal em benefício da educação básica, Campos alertou para o perigo de, na ânsia de priorizar o ensino fundamental, confundir-se prioridade com exclusividade. "Falando claramente: o esforço para que nenhuma criança fique fora da escola não pode ser feito às custas dos demais níveis de ensino", comentou.
Um artigo do professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Dilvo Ristoff, publicado no Jornal do Brasil, foi citado por Júlio Campos como exemplo do que pode ser feito. O texto trata de alguns programas que estão sendo implementados nos Estados Unidos para melhorar o ensino superior.
Conforme o artigo, governo americano está ampliando os vários programas de bolsas e de crédito educativo já existentes e criando dois novos programas de abrangência nacional. Dependendo da renda familiar, o universitário recebe um crédito de mil a 1.500 dólares.
- Na prática, não apenas se universaliza o acesso a esse grau de ensino, mas acaba por se estabelecer a gratuidade. Em nosso país, ao contrário, mais de 2/3 dos que conseguem ingressar no ensino superior estudam em instituições privadas, normalmente trabalham e têm muitas dificuldades para pagar as mensalidades - comparou Júlio Campos.14/04/1998
Agência Senado
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