JÚLIO CAMPOS QUER AGRICULTURA COMO PRIORIDADE NACIONAL
O senador Júlio Campos (PFL-MT) fez um apelo hoje (27) ao presidente da República e aos ministros da área econômica para que "ouçam os reclamos" do ministro da Agricultura, Arlindo Porto, no sentido de que a agricultura seja incluída como prioridade nacional. O senador disse que, em termos de política agrícola, o país está "com a cabeça virada".
Segundo Júlio Campos,"toda vez que se lança um pacote econômico no país, a agricultura é prejudicada". O produtor rural nada ganhou nesses três anos de vigência do Plano Real. Pelo contrário, perdeu muito, advertiu o senador.
Exemplificando, ele citou o caso do preço de um litro de leite, que é vendido às cooperativas no Mato Grosso ao preço de 10 centavos, enquantouma latinha de cerveja custa mais que R$ 1,00 naquele estado, ou seja, com uma lata de cerveja se compram dez litros de leite.
Júlio Campos disse, ainda, que não háperspectiva de melhoria da bacia leiteira, apesar dos esforços do ministro da Agricultura. Conforme o senador, quem comprou vaca leiteira financiada pelos bancos oficiais é hoje um "homem falido" porque não consegue pagar as dívidas em conseqüência dos juros altos e da correção monetária.
O senador informou que o crescimento da safra do ano que vem, estimado em apenas 0,25%, mais do que configura uma estagnação do setor. Ele indica, segundo o senador, o prolongado descaso com que sucessivas administrações brasileiras vêm tratando os produtores rurais.
- O que nos falta é uma política agrícola consistente, que permita ao Brasil concretizar todo o seu imenso potencial. O país tem condições de sobra para não precisar importar nenhum produto. Deveria, sim, aumentar nossas exportações - afirmou Júlio Campos.
Júlio Campos ressaltou que o Brasil precisa reverter a posição de suas contas externas, tarefa na qual a agricultura poderá ajudar muito, se for convenientemente estimulada. Segundo o senador, é preciso deixar de lado aquele conceito ultrapassado de que apenas a industrialização pode fazer riqueza no país.
27/11/1997
Agência Senado
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