JÚLIO QUER PROIBIÇÃO DE CIGARRO COM ALTO TEOR DE NICOTINA
O senador Júlio Campos (PFL-MT) pediu a apreciação imediata pelo Senado de projeto de lei de sua autoria que proíbe o uso de fumo com mais de 3,5% de nicotina na fabricação de cigarros no país, diante das denúncias veiculadas recentemente pela mídia nacional sobre o cultivo do chamado "fumo louco", no Rio Grande do Sul, que apresenta teor nicotínico superior ao limite máximo permitido no mercado internacional, que é de 4%.
Para o senador, não se pode mais permitir que "o nosso país sirva de plataforma para produzir drogas assassinas que matam anualmente milhares de pessoas de câncer de pulmão, enfisema e acidentes cardiovasculares". A seu ver, não é suficiente cobrar altos impostos das empresas produtoras de tabaco, pois, observou, "o montante desses tributos não supera absolutamente o prejuízo que os fabricantes causam aos cofres públicos, aos consumidores e ao sistema de saúde".
- Além de levar bilhões de reais do bolso dos consumidores, as indústrias tabagistas deixam uma fatura de outros tantos bilhões de reais que o Estado tem de pagar anualmente para tratar pacientes que são vítimas de alguma complicação causada pelo cigarro. Não podemos mais aceitar que para cada real arrecadado com impostos sobre cigarros, o sistema de saúde tenha que desembolsar R$ 1,50 para pagar o tratamento de doenças provocadas pelo vício - acrescentou.
06/03/1998
Agência Senado
Artigos Relacionados
Carlos Bezerra propõe limitação ao teor de nicotina e de outras substâncias nos cigarros
Pesquisa: Descoberto na Amazônia fruto com alto teor de vitamina C
Aprovada proibição de produtos infantis em forma de cigarro
Proibição de cigarro em local fechado conta com apoio de 90% da população
MARINA SILVA DEFENDE PROIBIÇÃO DE TODA PROPAGANDA DE CIGARRO
Plenário aprova adiamento da proibição de propaganda de cigarro em grandes prêmios