Juristas adotam mais rigor contra abuso de autoridade: pena vai até cinco anos de reclusão



O crime de abuso de autoridade, que atualmente pode determinar a aplicação de pena máxima de seis meses, pode passar a ser punido com maior rigor muito maior, com prisão de dois a cinco anos. A previsão consta de relatório aprovado nesta sexta-feira (20) pela Comissão de Juristas designada pelo Senado para elaborar anteprojeto do novo Código Penal.

A comissão também pretende modificar amplamente as atuais normas aplicáveis aos crimes de furto, inclusive com medidas que abrandam o tratamento dado aos furtos de menor potencial lesivo, conhecido como furto simples. A pena atual, de reclusão de um a quatro anos, fica reduzida para prisão numa faixa de seis meses a três anos.

Pelo texto, o juiz de primeiro grau poderá determinar a extinção da pena desde que o objeto do furto não seja bem público e também haja a concordância da vítima. Os juristas adotaram a visão de que é necessário alterar o quadro de carcerário atual, em que pessoas condenadas por crimes menos lesivos sofrem abarrotadas em penitenciárias de todo o país.



20/04/2012

Agência Senado


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