Juvêncio critica atos administrativos do governo do PT no Mato Grosso do Sul
Tais restrições têm "caráter neonazista", na opinião de Juvêncio. Em aparte, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) confessou-se estarrecido e reconheceu que os termos do edital apontam para uma espécie de "renovação da filosofia de Hitler".
O edital, acrescentou Juvêncio, também prevê que os candidatos apresentem dez exames médicos, inclusive toxicológico, para detectar e impedir a inscrição de usuários de maconha ou cocaína. Os exames representam despesas de no mínimo R$ 250,00, observou.
O parlamentar também denunciou a intenção do governo de seu estado de criar um plano de demissão voluntária para os promotores da Defensoria Pública estadual. Ele interpretou a intenção como parte de uma estratégia de enfraquecimento do Ministério Público, para que o governo do PT possa agir sem contestações jurídicas.
O governo estadual ainda estaria, conforme o senador, tentando decretar estado de emergência no estado devido às chuvas, "normais nessa época do ano", para poder contratar obras de recuperação de estradas sem licitação.
Outro ato do governo petista denunciado por Juvêncio refere-se à constituição da comissão gestora do PreviSaúde, teoricamente formada com a participação de representantes dos sindicatos. Na verdade, disse, a comissão é integrada por um único sindicato, também do PT, pois o critério de participação estabelecido pelo governo foi o de que as entidades sindicais devem ter no mínimo quatro mil filiados.
José Eduardo Dutra (PT-SE), em aparte, perguntou se os atos do governo foram decretados ou aprovados pela Assembléia Legislativa do Estado, ao que Juvêncio respondeu que os atos foram legais, "porque as forças mais retrógradas estão se aliando a Zeca do PT". Dutra também disse não alcançar as razões pelas quais o parlamentar pefelista, tendo aprovado as reformas previdenciária e administrativa propostas pelo governo federal, critica o estado do Mato Grosso do Sul quando tem que se adaptar a elas.
22/02/2001
Agência Senado
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