JUVÊNCIO CRITICA REFORMA ADMINISTRATIVA NO GOVERNO DO MATO GROSSO DO SUL



O senador Juvêncio da Fonseca (PFL-MS) criticou nesta quarta-feira (dia 25) a reforma administrativa proposta pelo governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, e aprovada ontem pela Assembléia Legislativa estadual. Segundo o senador, a reforma foi elaborada no gabinete do governador e não foi discutida antes de ser encaminhada à Assembléia. A decisão, segundo Juvêncio, gerou reação de vários setores da sociedade sul matogrossense e até do próprio partido do governador, que avalia a possibilidade de expulsá-lo de seus quadros.

- A reforma administrativa é necessária, mas tem que obedecer parâmetros administrativos corretos e estabelecer uma discussão que não foi feita - ressaltou.

Juvêncio lembrou que, no início, o governo petista trouxe esperança ao povo do Mato Grosso do Sul, pois conseguiu aumentar a arrecadação e deu indícios de que o estado poderia dar um passo à frente em seu desenvolvimento político e econômico. Entretanto, lamenta o senador, em seguida o governador deu início a uma "farra de contratações", que incluiu vários de seus familiares.

O comportamento autoritário do governador, assinalou o senador, expresso na recusa em dialogar com a bancada parlamentar do estado, levou à instalação de um déficit fiscal permanente nas finanças do estado e à fuga de investidores para outros estados.

- Um governador que não conversa com a bancada federal, não tem visão de estadista, não quer o desenvolvimento do estado. A falta de diálogo não está sendo aceita nem pelo PT - afirmou. Juvêncio lembrou também a recusa do governador em acatar ordem judicial de reintegração de posse de várias propriedades rurais produtivas que foram invadidas pelo Movimento dos Sem Terra (MST).

Em aparte, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) disse compreender o exasperamento de Juvêncio diante do "descalabro" do governo de Mato Grosso do Sul. Gilvan lembrou que, durante caminhada naquele estado, já ouvira pessoas preverem o "desastre" que seria o governo petista.

- Não existe diálogo. São déspotas. O governador Zeca do PT é um protótipo da incompetência. Ele só cria frases de efeito e essa expulsão do PT é balela, é tudo combinado - assegurou.

25/10/2000

Agência Senado


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