Juvêncio defende biotecnologia brasileira
- Avanços ainda maiores estão sendo desenvolvidos em nossas universidades, com plantas que no futuro poderão ser usadas como vacinas contra as mais diversas doenças - anunciou.
Juvêncio afirmou que a Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, já está estudando uma variedade de alface que, geneticamente modificada, poderá combater a leishmaniose. Também registrou que a Universidade do Norte Fluminense, no Rio de Janeiro, pesquisa modificações genéticas na alface para ajudar no combate à hepatite B.
Outro projeto destacado pelo parlamentar é o mapeamento genético da cana-de-açúcar, desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em parceria com várias universidades e empresas como a Copersucar.
- Isso sem falar nas pesquisas que estão sendo feitas pela Embrapa, a nossa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que está desenvolvendo mamão papaia resistente ao vírus da mancha anelar, assim como feijão resistente à praga do mosaico dourado e tantos outros - assinalou.
Na opinião de Juvêncio, o Brasil está preparado para participar da corrida tecnológica mundial, pois vários produtos já alcançaram qualidade e preços para competir no mercado internacional. O senador elogiou o governo por ter editado, no ano passado, a medida provisória 2137, que regulamenta e fortalece as atividades da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) como o órgão federal que ficará à frente da introdução dessa tecnologia no país.
O senador condenou os prejuízos econômicos e científicos provocados pelo "emaranhado jurídico" que proíbe a aplicação da biotecnologia na agricultura brasileira. Juvêncio lembrou que, na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou um conjunto de regras para a pesquisa, o plantio e a comercialização de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).
- Movimentos contrários há e sempre haverá, mas é necessário defender o direito à pesquisa, ao debate e às novas formas de agricultura que, com estudo e aplicação correta, trarão sim enormes benefícios para nosso país. Estamos desatando o nó do nosso desenvolvimento. A corrida para entrar no clube dos grandes já começou.
21/02/2001
Agência Senado
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