Juvêncio denuncia "ações eleitoreiras" do governador do Mato Grosso do Sul
O senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS) criticou, nesta quarta-feira (7), o governador do seu estado, Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, denunciando o que chamou de "ações destinadas a render dividendos políticos a curto prazo".
- Ele nada fez a não ser preparar o ambiente de sua própria sucessão, investindo soma considerável de recursos públicos em projetos que apenas darão resultados imediatos - disse o senador.
Segundo Juvêncio, todas as obras realizadas no estado são de iniciativa do governo federal, embora o governador "faça propaganda enganosa" à população assumindo-as como iniciativa de sua gestão.
A economia regional, disse Juvêncio, está estagnada, sem planejamento nem projetos claros de desenvolvimento, com receitas em queda e despesas "realizadas irresponsavelmente, em elevação crescente e incontrolável, feitas unicamente para garantir a permanência no poder do Partido dos Trabalhadores, o PT".
O quadro econômico-financeiro do estado, afirmou o senador, é gravíssimo, com atrasos de pagamento a fornecedores, crescente endividamento interno e protelação de serviços. O governador, no entanto, disse Juvêncio, "insiste em vender para a sociedade uma imagem diferente de sua administração, visando a obter resultados políticos imediatos".
Ao finalizar seu pronunciamento, Juvêncio afirmou que os políticos precisam refletir sobre esse momento delicado da vida brasileira, em que turbulências ocasionais têm o poder de obscurecer perspectivas de longo prazo e impedir a consecução de um projeto nacional em que haja menos diferenças regionais, maior distribuição de riquezas e crescimento consistente da economia.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ser próprio da democracia existirem críticas e pontos de vista diferentes sobre governos. Ele disse, no entanto, ter a convicção de que o governador Zeca do PT criou mecanismos para garantir crescente participação popular em seu governo, com grandes contingentes de cidadãos dando sugestões sobre o que fazer com o dinheiro público.
07/08/2002
Agência Senado
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