Juvêncio prevê abertura de sindicância sobre escuta telefônica na Bahia



O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), disse nesta terça-feira (11) que a abertura de sindicância para investigar a participação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) em escutas telefônicas ilegais na Bahia deve ser decidida na próxima reunião do colegiado, marcada para a quinta-feira (13). A sindicância é uma fase de investigação sumária, anterior à abertura de processo por quebra de decoro. Antes da abertura do processo, o senador envolvido pode renunciar e impedir os efeitos da cassação.

- Pessoalmente, sempre achei que, em questões que envolvem possível perda de mandato, deve haver abertura de processo. Mas qualquer decisão do conselho tomada na quinta-feira será cumprida - disse o senador.

Juvêncio admitiu que o primeiro passo, na etapa da sindicância, deve ser ouvir os jornalistas da revista IstoÉ Weiller Diniz e Luiz Cláudio Cunha, que teriam provas do envolvimento do senador baiano nas escutas telefônicas.

- Se a decisão do conselho for a de iniciar as investigações, devemos começar pelo que está no pedido de sindicância do próprio PT, ou seja, ouvir os jornalistas - explicou Juvêncio.

Só depois disso, continuou Juvêncio da Fonseca, deverá ser ouvido o senador Antonio Carlos Magalhães. "A oitiva do acusado tem que acontecer depois da produção das provas", afirmou.

Ao chegar ao Senado, nesta terça-feira, Antonio Carlos afirmou que somente comentaria o assunto "no momento adequado".



11/03/2003

Agência Senado


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