Kátia Abreu comenta denúncia da 'Veja' contra o MST
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) comentou em Plenário, nesta quarta-feira (2), denúncia formulada pela revista Veja, segundo a qual quatro organizações não governamentais ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra receberam R$ 20 milhões em doações feitas por entidades sediadas fora do país, entre 2003 e 2007. A revista informa ainda que as quatro entidades receberam R$ 43 milhões em convênios com o governo federal, no mesmo período.
De acordo com a revista, as entidades são a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca); a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab); o Centro de Formação e Pesquisas Contestado (Cepatec); e o Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac). A senadora lembrou que as duas primeiras já foram investigadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) da Terra, que apurou que essas entidades desviaram "alguns milhões de reais" de dinheiro público.
- Eu pergunto à Receita Federal do Brasil: os recursos internalizados foram contabilizados e foram pagos os impostos? - indagou a senadora.
De acordo com a parlamentar, "a análise dos dados financeiros das quatro associações revela que o MST montou, controla e tem a seu dispor uma gigantesca rede de abastecimento de recursos públicos e privados". Ela salientou que muitos dos recursos foram liberados às vésperas de "manifestações estridentes" do MST e que muitos saques vultosos foram feitos na boca do caixa, possivelmente numa tentativa de ocultar a destinação do dinheiro.
Kátia Abreu afirmou que os recursos destinados a essas quatro entidades seriam suficientes para construir 6,3 mil casas populares. Ou comprar arroz suficiente para alimentar 840 mil famílias durante um mês.
Em aparte, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) parabenizou a senadora pelo alerta, enquanto o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), também em aparte, justificou as ações do MST. A insistência de Suplicy em prolongar seu aparte, no entanto, levou Kátia Abreu a suspender novas intervenções em seu discurso.
02/09/2009
Agência Senado
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