Kátia Abreu critica governo por adiar votação da CPMF



A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) criticou o governo por, após tê-la acusado de retardar propositadamente o relatório sobre a proposta de emenda à Constituição que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, durante sua tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), não querer agora votar a matéria em Plenário por falta de votos favoráveis.

- Graças a Deus temos um Senado forte, com pessoas responsáveis - afirmou.

A parlamentar informou que, no cafezinho dos senadores, anexo ao Plenário, a oposição montou uma árvore de Natal com presentes contendo seu preço e o valor pago em impostos. Assim, um perfume de R$ 60 tem embutido R$ 47 de impostos; uma calça jeans do mesmo valor paga R$ 21 de impostos; uma geladeira de R$ 900 recolhe R$ 600 em tributos.

A senadora também citou pesquisa encomendada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo explicitando quanto o brasileiro gasta em impostos: quem ganha dois salários mínimos, ou R$ 760, paga R$ 387 em seu consumo; já quem ganha três salários mínimos (R$ 1.200) paga R$ 451 em impostos; e quem recebe cinco salários mínimos (R$ 1.900) paga R$ 672 em suas compras.

- Queremos mostrar que quem paga imposto são as pessoas com menor renda - disse Kátia Abreu.

A senadora disse ainda que a estimativa de arrecadação anual da CPMF - R$ 40 bilhões - é maior que todo o consumo anual no Brasil de arroz (R$ 10 bilhões), leite (R$ 9 bilhões), feijão (R$ 5,7 bilhões), remédios (R$ 26 bilhões) ou carne (R$ 29 bilhões).

Em seu pronunciamento, a parlamentar elogiou a recondução do senador José Agripino para a liderança do Democratas e solidarizou-se com os senadores e habitantes de Roraima pela morte do governador Ottomar Pinto.



11/12/2007

Agência Senado


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