Krischke denuncia exploração ilegal de apostas em corridas de cavalos



O presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, denunciou hoje (11) ao presidente da CPI da Segurança Pública, deputado Valdir Andres (PPB), e ao relator Vieira da Cunha (PDT), que o ex-chefe de polícia da Secretaria de Justiça e Segurança, Luiz Fernando Tubino, autorizou, em março de 1999, uma empresa norte-americana a abrir agências para a exploração de apostas em corridas de cavalo via satélite dos Estados Unidos para o Rio Grande do Sul. Krischke apresentou documento assinado por Tubino em que ratifica a autorização ao representante brasileiro da empresa Carnegie Cooke, João Paulo Souteiro. Segundo o relator da CPI, Vieira da Cunha, o artigo 60 do decreto 6259 da legislação federal proíbe apostas em corridas de cavalo virtuais ou retransmitidas de outros países. "Este tipo de jogo é considerado contravenção inafiançável", disse. Além disso, o Governo Estadual publicou, em janeiro de 1999, decreto impedindo esse sistema de aposta. Atualmente, a sede da companhia para a América do Sul está situada na travessa Francisco Leonardo Truda, 59, em Porto Alegre, gerenciada pelo coronel reformado da Brigada Militar, Valdo Marques da Silva. Segundo o documento, a Carnegie Cooke teria informado que está em fase final a implantação de máquinas de realidade virtual na capital gaúcha. A companhia também teria anunciado para novembro a inauguração de seu próprio hipódromo em Arroio do Sal, com sistemas de retransmissão das corridas de cavalo norte-americanas. Segundo o presidente da CPI, Valdir Andres, a Comissão vai agendar para a próxima semana os depoimentos de Souteiro e do coronel Marques da Silva. "Os dois serão convocados para nos detalhar as atividades da empresa no Estado, já que estão atuando contra a lei", afirmou. O deputado Vieira da Cunha adiantou que os integrantes da Comissão também querem visitar as instalações da empresa.

09/11/2001


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