Lando critica privatizações e política social "ineficiente"



Ao criticar as conseqüências do processo de privatização ocorrido nos últimos anos no Brasil, o senador Amir Lando (PMDB-RO) afirmou que o capital produtivo nacional perdeu força com a concorrência de agentes privados, os preços dos produtos e serviços aumentaram e a população continuou sem política social eficiente. O senador disse que importantes empresas estatais, entre elas a Petrobras e o Banco do Brasil, já ensaiam um possível processo de desestatização.

Para o senador, a justificativa de que o Estado deve se isentar das atividades produtivas para obter maior sucesso nas obrigações sociais, como saúde, educação e segurança pública, não se aplica ao processo de privatização brasileiro, uma vez que "as populações, principalmente as de baixa renda, permanecem nas filas de escolas e hospitais desaparelhados e sob o fogo cruzado da delinqüência que assalta ruas e esquinas".

Além da população, o capital produtivo nacional, na opinião de Lando, foi prejudicado com a privatização porque antes detinha poder sobre quantidades e preços das estatais, por meio do Conselho Interministerial de preços, entre outros instrumentos, e depois teve que disputar mercados e matérias primas com novos agentes privados "ávidos por maiores lucros".

Ao mencionar o acordo firmado recentemente entre o Brasil e o FMI, Lando reafirmou seu descontentamento com o governo devido à atenção dada à área econômica e o descaso com a política social.

15/08/2001

Agência Senado


Artigos Relacionados


ÁLVARO DIAS CRITICA POLÍTICA DE PRIVATIZAÇÕES

Requião critica política de privatizações do Governo do Paraná

AMIR LANDO CONTESTA PRIVATIZAÇÕES

AMIR LANDO: PRIVATIZAÇÕES REPRESENTAM DESMONTE DO ESTADO

LAURO CAMPOS CRITICA PRIVATIZAÇÕES

Ideli critica privatizações do governo FHC