AMIR LANDO: PRIVATIZAÇÕES REPRESENTAM DESMONTE DO ESTADO



O senador Amir Lando (PMDB-RO) manifestou-se contra o processo de privatização de empresas estatais, que classificou como um "desmonte do Estado". Ele dedicou especial atenção ao Banco do Estado de São Paulo (Banespa) e a venda de empresas do setor energético.
No caso do Banespa, Amir Lando criticou a intenção de privatização alegando que o banco é um símbolo de resistência da economia paulista e brasileira. A ação, argumentou o senador, faria com que 50% dos ativos bancários do país se concentrassem nas mãos de instituições estrangeiras. Lando ressaltou que em países desenvolvidos o percentual máximo permitido é de 5% .
- Faz-se aqui o que não se pode fazer lá - afirmou o senador, apresentando também, resultados de pesquisa feita pelo jornal Folha de S. Paulo, no qual 71% dos entrevistados mostraram-se contra a entrada de capital estrangeiro na privatização do banco.
Os resultados esperados pelo Programa Nacional Desestatização, editado em maio de 1994, não correspondem a atual situação vivida pelo país, na avaliação do senador. Para ele, o objetivo mais importante do programa que era reduzir a dívida pública do País, que teve seu valor quintuplicado nos últimos 5 anos, não se efetivou.
- O objetivo de permitir a retomada de investimentos nas empresas privatizadas e , com isso, retomar o crescimento e gerar empregos também não se fez sentir. Ao contrário, a década termina com a economia nos piores índices de crescimento e de geração de empregos - avaliou.
Lando argumentou ainda que a proposta sobre a qual se fundamentou a política das privatizações, e que consiste na transferência para o setor privado de atividades produtivas, para que o Estado pudesse investir na criação de recursos para o atendimento às necessidades dos setores sociais também não foi cumprida.
- Além do desemprego, os serviços públicos em tempo algum mostraram-se mais precários e a insegurança nas grandes cidades já parece demonstrar uma verdadeira guerra civil não declarada - disse.

02/05/2000

Agência Senado


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