Lara defende postura mais agressiva do Brasil em relação ao Canadá



O deputado Luís Augusto Lara (PTB), sugere que o Brasil deixe de consumir produtos canadenses, fechando as portas de entrada para o comércio daquele país em resposta à decisão do governo de suspender a compra de carne brasileira, sob alegação de estar contaminada pela doença da vaca louca. Para ele, as medidas devem ser drásticas e de efeito, causando reação proporcional ao desgaste sofrido pela atitude do Canadá, defendendo que a discussão política entre os dois países ocorra somente após o bloqueio dos produtos. Lara ressalta também que é responsabilidade da escola diplomática brasileira agir com mais rigor em situações que envolvam a exportação. "Há uma cultura de nunca se buscar o confronto, mas hoje é necessário ter uma postura mais agressiva no que diz respeito ao comércio. Os diplomatas devem ser também negociadores, ao invés de agirem de forma passiva", argumenta. Mesmo defendendo uma atitude forte do governo federal, o deputado ressaltou não concordar com o cancelamento de vistos de entrada no país para cidadãos canadenses. Na sua avaliação, o direito de ir e vir das pessoas deve ser garantido: "A guerra é comercial e deve se limitar a medidas que afetem esse setor. Os cidadãos não podem pagar por um problema que não é seu". O parlamentar petebista lembra que a Metade Sul produz 80% da carne gaúcha e, por isso, é a região que mais sofrerá com a manutenção do boicote canadense. “Frigoríficos de Bagé, Hulha Negra, Livramento e outros municípios estavam especializando-se no atendimento das exigências para exportação de carne enlatada para os Estados Unidos, Canadá, Europa e Oriente Médio. Com esta atitude do governo canadense, sem a devida resposta do governo brasileiro, mais uma vez a Metade Sul está com sua economia ameaçada”, conclui Lara.

02/08/2001


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