LAURO CAMPOS CLASSIFICA POLÍTICA ECONÔMICA DE SUBSERVIENTE
Lauro Campos mencionou dados do Diese, segundo os quais o salário mínimo alcançaria hoje o patamar de R$ 1.003,67 se mantivesse o mesmo valor de quando foi criado, no governo de Getúlio Vargas. Para o senador, não se trata de aumentar o salário, mas devolver o que foi tirado dos trabalhadores. Ele apontou para o decréscimo salarial do povo brasileiro, que ao fim dos anos 40 tinha um salário mínimo superior ao dos japoneses, e aproximava-se do francês, atualmente em torno de mil dólares.
- Um cãozinho japonês, em 1995, já gastava mais, em média, do que um trabalhador brasileiro gasta hoje - afirmou. O senador salientou que o empobrecimento da população é decorrente da concentração de renda de uns poucos. Para que uma burguesia tivesse acesso a bens de luxo, a classe trabalhadora teria sofrido perdas sucessivas.
Lauro Campos citou a conclusão do livro As idéias e seu lugar, do então senador Fernando Henrique Cardoso, que criticava as políticas impostas pelo FMI, como o controle da base monetária, o arrocho salarial e o equilíbrio orçamentário. Publicada em 1992, a obra ataca exatamente a política hoje implementada pelo governo federal, considerando impossível pagar a dívida externa e manter um equilíbrio orçamentário ao mesmo tempo. Lauro Campos comparou a situação do Brasil à dos Estados Unidos, onde o governo promete equilibrar o orçamento somente em 2012.
O senador ironizou o fato de não ter projetos aprovados pelo Senado e de não ser aproveitado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Ele disse ter sido indicado para relatar um projeto irrelevante, que reduz em R$ 20 o preço do passaporte para idosos.
06/11/2000
Agência Senado
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