LAURO CAMPOS CONDENA REFORMA ADMINISTRATIVA
O senador Lauro Campos (PT-DF) afirmou hoje (dia 30), durante a discussão da proposta de reforma administrativa, não poder concordar com "essa forma de modernização do serviço público que tem por objetivo, em nome da eficiência e da modernidade, recuar o serviço público brasileiro a formas anteriores à própria modernidade, a formas coetâneas da monarquia, em que o serviço público tinha outro sentido, sem impessoalidade, sem independência, sem a característica de crítica que pode exercer".
Ele afirmou que as recentes propostas do Poder Executivo são norteadas pela perda de direitos de praticamente todos os segmentos da sociedade e das forças trabalhadoras do Brasil - desde os mais modestos assalariados, que perderam, através dessas medidas, conquistas sociais como o 13º salário e a indenização por demissão sem justa causa, até os servidores públicos, que estão sem reajuste salarial há 30 meses.
Para Lauro Campos, a reforma administrativa pretende acabar com outras garantias do serviço público que são imprescindíveis para que este possa ser independente, como a estabilidade. O senador afirmou ainda que os servidores públicos estão inseguros, e que, em nome da eficiência, retira-se a impessoalidade do serviço público, despreza-se os funcionários públicos "que não têm a produtividade física que é o modelo paulistano do capitalismo brasileiro":
- Quem mora em Brasília é uma categoria diferente, que deve ser apenada, de acordo com essa mentalidade. Nós, que preferimos a vida à eficiência, a tranqüilidade e a estabilidade à retirada de direitos, à instabilidade e à insegurança, não podemos concordar com essa reforma - concluiu.30/01/1998
Agência Senado
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