LAURO CAMPOS CRITICA ADMINISTRAÇÃO DO GOVERNADOR JOAQUIM RORIZ



O senador Lauro Campos (PT-DF) classificou, nesta sexta-feira (19), o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, como "um déspota, autoritário e produto da ditadura militar". Ele justificou sua opinião ao lembrar do episódio ocorrodo no início de dezembro do ano passado, quando um funcionário da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) morreu baleado, dois outros ficaram cegos e mais de 30 saíram feridos.
- Roriz nomeou uma comissão de três pessoas de indiscutível idoneidade, um deles indicado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Quando a comissão concluiu seu trabalho, o relatório apresentado foi rasgado pelo próprio governador, por não concordar com suas conclusões, que apontavam responsáveis pelos crimes cometidos. Até hoje praticamente nada foi esclarecido, nem se sabe quem autorizou aquela repressão violenta - acusou Lauro Campos.
Lauro Campos disse que Joaquim Roriz, ao governar o Distrito Federal pela segunda vez, iniciou a construção de um metrô e registrou em cartório a data em que a obra seria inaugurada. "Como o metrô não foi concluído até hoje, ele tornou-se o primeiro mentiroso a ter sua mentira registrada em cartório", afirmou o senador pelo Distrito Federal.
Ao manifestar que discordava das diretrizes da administração do ex-governador do Distrito Federal Cristóvam Buarque, a quem considera um neo-liberal, Lauro Campos disse que Joaquim Roriz e seus assessores estão destruindo sistematicamente os "poucos pontos positivos" que eram vistos no governo anterior, como as ações na área do trânsito e na de educação.
Lauro Campos também criticou o vice-governador do Distrito Federal, Benedito Domingos, pela nomeação de quase 2 mil funcionários, sem concurso público, para o seu gabinete. Ele destacou que até fisicamente é impossível que tantas pessoas trabalhem em um mesmo lugar. "Talvez, com estas nomeações, ele queira acabar com o desemprego no DF, que é o maior do Brasil...", ironizou.

19/05/2000

Agência Senado


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