LAURO CAMPOS CRITICA ARGUMENTO DE TÉCNICA DO FUNDO MONETÁRIO



O senador Lauro Campos (PT-DF) classificou de "absurda" a declaração da chefe da missão técnica do Fundo Monetário Internacional no Brasil, Teresa Ter-Minassian, de que um aumento exagerado do salário mínimo para o setor privado poderia elevar os níveis de emprego informal em todo o país.
Para Lauro Campos, o receio da técnica do FMI não tem qualquer fundamento, mas admitiu que a afirmação de Teresa Ter-Minassian pode ser explicada porque ela pertence a uma instituição que "controla a economia brasileira" e, portanto, se preocupa apenas com os interesses do Fundo Monetário.
- De nada adiantou os parlamentares proporem um salário mínimo maior e que atendesse aos reclamos de um povo sofrido - disse o senador, ao garantir que os R$ 151,00 propostos pelo Executivo já estavam previamente fixados pelo FMI junto às autoridades econômicas. A seu ver, o que o Fundo Monetário quer com esse mínimo é reduzir o mercado de trabalho brasileiro praticamente a zero.
Lauro Campos também se mostrou preocupado com a venda de ativos da Petrobrás, conforme informa a associação dos engenheiros da empresa. Segundo ele, este é o primeiro passo para que a Petrobrás seja privatizada.
Ele disse estranhar que o presidente Fernando Henrique Cardoso tenha permitido a venda dos ativos apesar de ter assumido um compromisso em não privatizar a empresa, em carta enviada ao Congresso Nacional em 1966, quando da discussão da emenda constitucional que tratava sobre a quebra do monopólio da Petrobrás.
.O senador pelo Distrito Federal também comentou os altos lucros obtidos pelos bancos estatais privatizados ocorridos no ano passado. Somente no Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) foi registrado um lucro líquido de R$ 706,9 milhões, informou.
- Mas esta verdadeira mágica tem uma razão: os grupos que compraram os bancos receberam de mãos beijadas um patrimônio invejável. Por isso, entre outros tantos atrativos, saíram rapidamente do vermelho e entraram no azul - concluiu Lauro Campos.

31/03/2000

Agência Senado


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