LAURO CAMPOS CRITICA PROGRAMA DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA DO DF
- O governo de Joaquim Roriz está desempregando, demitindo, expulsando funcionários pela via das demissões voluntárias com uma mão e, com a outra, com a mão sorrateira e criminosa, reemprega 1.900 pessoas para trabalhar em um único gabinete, o do vice-governador Benedito Domingos - afirmou Lauro Campos.
O senador fez outras críticas ao governo Joaquim Roriz, lembrando a ação da Polícia Militar, no dia 2 de dezembro do ano passado, contra manifestantes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que culminou na morte de um funcionário e deixou outros dois cegos, além de 32 feridos. Ele lamentou que até hoje as providências tomadas tenham sido mínimas e denunciou que Roriz rasgou o relatório elaborado pela primeira comissão que investigou os fatos, nomeada por ele próprio, porque as conclusões apresentadas não o agradaram.
Lauro Campos mencionou também a série de reportagens publicada pelo Correio Braziliense sobre a influência de bicheiros nas decisões do governo Roriz. De acordo com as reportagens, lembrou o senador, o governador estaria sendo cobrado por um banqueiro de jogo do bicho de Goiânia que teria contribuído financeiramente para sua campanha. Segundo Lauro Campos, o bicheiro afirmou ao jornal que teria dado apoio financeiro à candidatura de Roriz em troca do direito de explorar a Loteria do Distrito Federal.
PATRIMÔNIO
Lauro Campos também levantou dúvidas sobre a forma como o governador Joaquim Roriz conquistou seu patrimônio pessoal, que segundo o senador seria de R$ 34 milhões. Ele lembrou que na Comissão Parlamentar de Inquérito que culminou com o afastamento do presidente Fernando Collor, Roriz prestou depoimento e respondeu ao então senador Espiridião Amin que o patrimônio foi herdado de seu pai.
- Espiridião Amin respondeu que conhecia o inventário dos bens deixados pelo pai de Joaquim Roriz e que ele próprio tinha herdado uma quantia bem maior que a recebida por Roriz e que mesmo assim possuía um patrimônio muitas vezes menor que o dele. Mas nada disso será investigado nem será criada uma CPI porque os 16 deputados distritais que dão sustentação ao governo impedem qualquer apuração - lamentou.
Matérias publicadas pelo Correio Braziliense e revista Época, denunciando a concessão de empréstimos irregulares pelo Banco de Brasília (BRB) para que empresários pernambucanos comprassem o Jornal de Brasília também foram citadas por Lauro Campos. O senador denunciou, ainda, a existência de irregularidades na aplicação de recursos da merenda escolar e do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
29/05/2000
Agência Senado
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