Osvaldo Sobrinho prega o resgate da dívida social



O senador Osvaldo Sobrinho (PTB-MT) falou de suas esperanças, mas também das preocupações em relação ao Brasil, durante pronunciamento em Plenário, nesta sexta-feira (20), para agradecer apoios recebidos ao longo do ano e desejar boas festas. A seu ver, o país está caminhando, ainda que a passos lentos, para ser um “porto de paz, harmonia e conciliação”. Porém, assinalou que um caminho pleno de conquistas somente será possível quando o país resgatar sua imensa dívida social.

- Enquanto o Estado brasileiro não assumir o seu compromisso com a população, lastimavelmente nós não seremos uma nação desenvolvida – afirmou.

O senador disse que basta olhar as favelas, a prostituição, o tráfico e consumo de drogas para constatar a amplidão dos desafios. Destacou ainda as demandas sociais ainda sem respostas adequadas, como nas áreas da saúde, segurança e educação. Ele lembrou que as “ruas falam”, observando que as insatisfações ficaram claras durante as manifestações ocorridas em meados do ano.

- Elas mandam o recado de uma forma amena, mas, se não as ouvirem, elas engrossarão sua voz e começarão a falar mais alto – alertou.

Para o senador, "as ruas” se manifestaram porque não suporta “as mazelas do Estado”, quando este se acomoda a uma posição anacrônica e engessada, indiferente às suas reivindicações. Por seus mais diferentes segmentos, assinalou, a sociedade reagiu contra "um Estado que se especializou na arrecadação, mas não na distribuição dos recursos”.

O parlamentar disse que as condições dos serviços públicos falam por si só. Como exemplo, citou os pronto-socorros que não funcionam e se apresentam “entulhados de miséria humana”. Mas disse que o recado das ruas já está sendo ouvido. No caso da saúde, observou que as críticas acabaram impulsionando o Programa Mais Médicos.

Osvaldo Sobrinho registrou que o Senado também acionou mais um instrumento de escuta dos anseios da sociedade ao ativar instrumento para permitir que a sociedade apresente proposições legislativas por meio da internet, recepcionadas pelo Portal e-Cidadania. As ideias serão convertidas em projetos de lei para a análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Conciliação

O senador destacou outros atos que, a seu ver, foram significativo como sinal de conciliação e harmonia, a seu ver um sentimento indispensável para que o país possa avançar para um tempo melhor. Lembrou a viagem que reunião a presidente Dilma Rousseff e seus antecessores – os atuais senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL), Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva – para as exéquias de Nelson Mandela, por ele classificado de “maior vulto do século passado”.

- Naquele avião, ao encontro de Mandela, estava selada a paz nacional. Estava ali uma caravana de líderes nacionais, de todos os ângulos e vieses políticos e ideológicos, mas todos voltados para uma palavra só, a palavra que pode ser conciliação nacional. Para dizer que esta Nação não tem vontade de guardar rancores, ódios, cizânias; esta Nação tem, sim, vontade de que a paz, a conciliação e a harmonia se instalem no seio da sua sociedade – afirmou.

Outro exemplo, no seu entendimento, aconteceu na solenidade em que o Congresso "se penitenciou” por erro passado e devolveu simbolicamente o mandato presidencial a João Goulart. Observou que ali estavam a presidente Dilma, depois presa e torturada pelo regime de exceção, e também os atuais comandantes das Forças Armadas.



20/12/2013

Agência Senado


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