Lauro Campos: saída para crise são as pontes para o futuro



O senador Lauro Campos (PDT-DF) defendeu nesta segunda-feira (17) a construção de -pontes para o futuro- como solução para o que ele entende ser a crise do capitalismo. Como em 1929, sustenta o senador, o capitalismo enfrenta uma crise provocada pelo excesso de acumulação de lucro e volta a investir numa estrutura baseada em forças destrutivas para que o nível de lucro não caia.

- Precisamos vislumbrar pontes para o futuro, atividades e pesquisas que vão perdurar. Precisamos abandonar parâmetros antigos e setores destrutivos e poluidores como a indústria bélica - afirmou.

Lauro Campos disse que teme pela democracia, frisando que a sociedade moderna corre riscos muito grandes. -A democracia é uma planta muito frágil-, observou o senador, lembrando que Mussolini e Hitler surgiram em momentos de crise econômica e se utilizaram das técnicas de propaganda para insuflar o povo, fazendo-o acreditar que seus países eram invencíveis e ricos.

- O pano de fundo do capitalismo será sempre um estado militar-industrial. A crise atual não é só de acúmulo de capital, mas também de desproporção. Aquilo que foi criado para resolver a crise de 1929, também entrou em crise - alertou o senador.

Citando dois ex-presidentes norte americanos, Roosevelt e Einsenhower, Lauro Campos lembrou que eles não viam diferença entre o que Hitler fazia na Alemanha e Mussolini na Itália e o que se fazia nos Estados Unidos. A diferença é que entendiam estar fazendo de -maneira mais ordeira-, afirmou. Segundo o senador, Eisenhower disse que estava sendo criado um estado militar-industrial que poderia destruir a democracia.

- O lucro não mais sustentado pelos governos. Essas pontes é que vão dignificar o trabalho humano - pregou o senador.



17/06/2002

Agência Senado


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