Lauro critica maniqueísmo de George Bush e belicismo norte-americano
Somente durante o período da Guerra Fria, os EUA investiram US$ 15 trilhões em armamentos, tornando-se a maior potência bélica do mundo, destacou o senador. E isso não é coisa do passado, prosseguiu, pois Bush recém voltou de viagem ao exterior na qual preparou o terreno para investir mais US$ 1 trilhão na montagem de um "escudo antimíssil", que significa mais armamentos.
Os EUA, para Lauro, têm assumido uma posição tão fanática quanto a de seus adversários e, por terem assumido a liderança técnica, política e econômica no pós-guerra e se tornarem o país mais rico do mundo, pensam hoje que são o povo eleito por Deus.
Segundo o senador, em muitas guerras ao longo da história, os EUA se apropriaram de mais da metade do território do México, atiraram bombas atômicas em Hiroshima e em Nagasaki (no Japão) e, em prol da indústria bélica, estimularam conflitos em diversos pontos do mundo. Para completar, têm sido indiferentes à miséria na África e ao sofrimento dos povos da América Latina, disse.
Apesar disso, "a guerra deles é a guerra do bem", observou Lauro, ressaltando que o megaespeculador George Soros financiou um exército Taleban para jogá-lo contra a extinta União Soviética e que o terrorista Osama Bin Laden e o presidente Saddam Hussein, do Iraque, ex-amigos dos Estados Unidos e seus protegidos, agora não fazem mais parte do "império do bem".
Para Lauro Campos, nas horas dramáticas vividas pelos EUA nesta semana, o lugar de Bush era ao lado do prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que chegou a arriscar a vida nas proximidades das torres do World Trade Center atingidas pelos aviões seqüestrados pelos terroristas.
O ataque terrorista vivido esta semana pelos Estados Unidos, na opinião de Lauro, exige muita reflexão.
- Por trás da cortina de fumaça do ataque aos símbolos do capitalismo bélico norte-americano, há que se refletir sobre os dizeres aos pés da Estátua da Liberdade: "Violência gera violência. Só o amor constrói para a eternidade", advertiu o senador.
14/09/2001
Agência Senado
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