LEGALIZAÇÃO DOS CASSINOS GERA DEBATE EM PLENÁRIO
Ao apartear hoje (dia 9) o discurso em que o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) combateu a legalização dos cassinos, o senador Geraldo Melo (PSDB-RN) se disse perturbado com o fato de que o jogo de azar já está legalizado no Brasil e submetido ao oligopólio do Estado.
- Ao lado do governo, estão nesse oligopólio algumas concessionárias do governo, como redes de televisão, realizando jogos de azar puro e simples - disse Geraldo Melo. Em sua opinião, quando é o governo quem pratica o jogo de azar, ninguém se insurge contra a idéia no Brasil.
Ele considerou inexplicável que só o governo possa explorar esses jogos, e definiu como hipocrisia proibir-se o jogo quando a Caixa Econômica Federal realiza sorteios com tanta freqüência. Geraldo Melo observou que a lei deve existir para reconhecer o que a sociedade já aceita. "O Estado não deve regulamentar contra a vontade da sociedade".
Também em aparte, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) definiu o jogador compulsivo como um doente necessitado de tratamento. Ele disse que a liberação de qualquer contravenção conduz a outros ilícitos. Como exemplo, citou o jogo do bicho, afirmando que "quem se corrompe com o jogo do bicho não hesita em se corromper com outras coisas".
Já Lauro Campos (PT-DF) aparteou Lúcio Alcântara para dizer que, em 1992, ajuizou uma representação na Justiça para acabar com as loterias realizadas pela televisão. Agora, ele soube que um tribunal de São Paulo iria prolatar uma sentença contra os sorteios feitos pelo Grupo Sílvio Santos. Lauro Campos considera aceitáveis apenas os sorteios realizados pela CEF. "Dos males, o menor", afirmou.09/06/1998
Agência Senado
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