Leonel Pavan reconhece empenho de Anderson Adauto
O senador Leonel Pavan (PSDB-SC) reconheceu a "disposição enorme" do ministro dos Transportes, Anderson Adauto, em defender e resolver os problemas das rodovias do Sul do país. O parlamentar afirmou que, na segunda-feira (19), o ministro prometeu destinar R$ 7 milhões para a construção de trecho de 12 quilômetros da BR-282, com a contrapartida de R$ 5 milhões prometida pelo governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira.
A conclusão do trecho, segundo o senador, vai transformar a referida estrada na "rodovia do Mercosul", facilitando o acesso ao estado aos demais países do Cone Sul. Pavan afirmou ainda que o ministro se comprometeu a concluir a obra até o final do ano.
O senador, porém, manifestou-se contrário à privatização da BR-470, por meio de uma parceria público-privada. Afirmou que ficará atento às regras para a licitação da parceria, para saber quem será beneficiado.
Pavan disse também que o ministro Adauto comprometeu-se a abrir, em 30 dias, as cartas para a licitação da ampliação da BR-101. De acordo com o parlamentar, o governo argumenta que a demora para se iniciar a obra se deveu a alterações no projeto, que resultaram na economia de mais de R$ 100 milhões.
- O número de vidas que perdemos nos acidentes que ocorreram, os prejuízos físicos e materiais, nem o valor inteiro da obra pagaria, porque não voltam mais essas pessoas - afirmou o senador.
Avião presidencial
Leonel Pavan criticou a compra, pelo governo, de um avião estrangeiro para o transporte do presidente da República, quando a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) lançará mês que vem um avião de médio porte pela metade dos US$ 65 milhões pagos pela aeronave estrangeira e sua manutenção. O argumento do governo, segundo o senador, é que o avião estrangeiro tem maior autonomia de vôo.
O representante catarinense ressalvou ser inteiramente a favor da segurança do presidente da República, mas afirmou que o país precisa analisar se é melhor o presidente fazer uma escala em sua viagem e dar lucros a uma empresa estrangeira, em vez de comprar um produto nacional e garantir a existência de centenas de empregos no país.
Pavan reclamou ainda que a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) arrecadou, em 2003, R$ 7,5 milhões, mas o dinheiro não foi aplicado.
- Espero que, na campanha eleitoral, todos os investimentos sejam colocados à disposição da população brasileira - afirmou.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) elogiou a competência administrativa de Pavan, enquanto Flávio Arns (PT-PR) ressaltou que, em 2003, 1.300 pessoas morreram na BR-101.
20/01/2004
Agência Senado
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