Líder do governo diz que oposição retarda reajuste para funcionalismo
O líder do governo na Assembléia criticou duramente a oposição, que mais uma vez retirou o quórum da sessão plenária para impedir a votação de dois projetos de autoria do Executivo envolvendo a questão salarial do funcionalismo. “Pelo que tenho conhecimento, isto nunca tinha acontecido no Parlamento gaúcho”, declarou Ivar Pavan. Duas propostas estavam em pauta: o projeto que institui piso salarial de R$ 300,00 para todos os servidores ativos e inativos da Administração Direta, Autarquias e Fundações e a proposição que estende aos funcionários do quadro geral do Estado e aos servidores de escola o reajuste de 27,94%.
Ivar Pavan destacou que a manobra da oposição vai retardar o reajuste para os servidores. Segundo ele, a sessão extraordinária foi convocada para hoje(19/9), depois de um acordo entre todas as bancadas, exatamente para que o reajuste fosse incluído na folha de pagamento do mês de setembro. “Antes da nossa próxima sessão, terça-feira, dia 25, a folha já estará rodada, ou seja, os servidores ficarão sem o aumento reivindicado”, explicou o parlamentar.
A postura do deputado Mário Bernd (PMDB) gerou protesto na base governista e nos funcionários públicos que acompanhavam a sessão. O peemedebista solicitou verificação de quórum, através do painel eletrônico, mas não registrou a sua presença, com a clara intenção de provocar o adiamento da votação do reajuste e do piso salarial dos servidores. “A cada dia, a oposição apresenta uma inovação em termos de golpe. Desta vez, inverteram a lógica dos pianistas, que não comparecem mas registram presença no painel. A oposição gaúcha comparece ao plenário, mas se omite da votação”, afirmou o líder da bancada petista, Elvino Bohn Gass.
Os deputados petistas frisaram que, somando o reajuste de 14,9% concedido em 2000, a reposição salarial para estas categorias será de 47%. “Não temos informação de alguma categoria no Brasil que tenha, neste mesmo período, recebido aumento semelhante”, salientam. Pavan ressalta ainda que os funcionários contemplados são os que recebem os menores vencimentos. “Com isto, estamos cumprindo um importante compromisso de nosso governo, que é o de recuperar os salários mais baixos e reduzir as distorções da matriz salarial”, argumenta.
09/19/2001
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