Virgílio diz que, se governo não for humilde, oposição não vota MP do funcionalismo



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse nesta quarta-feira (12) que, se a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), retornar na próxima semana com "linguagem arrogante", a medida provisória que concede aumento salarial ao funcionalismo público (MP 440/08) não será votada nem na próxima terça-feira.

- É fundamental uma postura humilde mesmo, ou nós tomaremos uma atitude drástica na terça-feira e não permitiremos a votação de qualquer MP. Quem se porta como menino, deve ficar de castigo mesmo - afirmou.

Arthur Virgílio observou que o PSDB já havia decidido não permitir a votação da medida provisória nesta quarta e cumprimentou o líder do PMDB e relator da matéria, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), por ter sugerido o adiamento da votação para a próxima terça-feira (18).

- A MP que vamos examinar na próxima terça-feira causa impacto financeiro sim. Vamos admitir logo uma coisa que é verdadeira. A proposta do Unafisco é de reestruturação da carreira e não causa impacto financeiro. A MP como um todo causa. São R$ 1,9 bilhão em 2008; R$ 4,7 bilhões em 2009; R$ 6,6 bilhões em 2010; R$ 7,7bilhões em 2011 - observou.

Em aparte, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) cumprimentou Arthur Virgílio pelos destaques que encaminhou para corrigir distorções na MP que prejudicam os técnicos da Receita Federal.

Arthur Virgílio ainda fez um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, para que casse os mandatos do deputados infiéis, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmada nesta quarta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na avaliação do senador, o que desmoraliza o Congresso é a falta de atitude e a protelação de Chinaglia - a seu ver, uma terrível ameaça à democracia brasileira.



12/11/2008

Agência Senado


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