Líder do PSDB defende afastamento de senadores ligados ao PMDB do comando do Conselho de Ética



Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (29), o líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), defendeu o afastamento momentâneo dos postos diretivos do Conselho de Ética de "qualquer senador ligado ao partido do senador Renan Calheiros" (PMDB-AL).

A nota é uma resposta ao impasse na definição de um nome para a relatoria do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado. Na última quinta-feira (28), o presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse que ainda não havia designado o relator, mesmo depois de o senador Renato Casagrande (PSB-ES) ter aceitado o convite para assumir o cargo, feito pelo próprio Quintanilha no dia anterior.

Quintanilha alegou que precisava de um parecer jurídico sobre a competência do conselho para julgar o caso antes de dar prosseguimento ao processo. Na nota, Virgílio lembra que o PSDB apresentou uma alternativa à candidatura de Quintanilha e que, no debate que antecedeu a eleição do presidente, na quarta-feira (27), alertou para a "instabilidade que poderia prosseguir no day after".

"O PSDB ofereceu alternativa que daria legitimidade ao Conselho de Ética do Senado Federal. A bancada do partido propôs o nome do seu próprio líder para a presidência do Conselho. E ele, no uso das prerrogativas regimentais, indicaria um dos nomes mais expressivos do Partido dos Trabalhadores, o senador Aloizio Mercadante, para a relatoria. Não era mera proposta de candidatura, mas uma proposta para unir os senadores em defesa da instituição", disse.

Os tucanos defenderam o afastamento de "qualquer solução doméstica". Arthur Virgílio convocou reunião da bancada para a próxima terça-feira (3), às 10h, no gabinete da liderança, para "tomar posição, de forma madura, pensada e definitiva, à altura exigida pela situação, a fim de manter preservadas as instituições Senado Federal e Congresso Nacional".

Veja a íntegra na nota:

"O PSDB ofereceu alternativa que daria legitimidade ao Conselho de Ética do Senado Federal. A bancada do partido propôs o nome do seu próprio líder para a presidência do conselho. E ele, no uso das prerrogativas regimentais, indicaria um dos nomes mais expressivos do Partido dos Trabalhadores, o senador Aloizio Mercadante, para a relatoria. Não era mera proposta de candidatura, mas uma proposta para unir os senadores em defesa da instituição.Não se conseguiu, contudo, construir consenso em torno dela. Durante o debate que antecedeu a reunião do Conselho de Ética, os líderes do PSDB e do DEM chamaram a atenção para a instabilidade que poderia prosseguir no day after. Foi o que ocorreu. O ideal é afastar qualquer solução doméstica. Teria de ser afastado, momentaneamente, dos postos diretivos do Conselho de Ética, qualquer senador ligado ao partido do senador Renan Calheiros. O quadro se agrava. O PSDB convoca seus senadores para reunião, no gabinete da Liderança, às 10h de terça-feira, dia 3 de julho, para tomar posição, de forma madura, pensada e definitiva, à altura exigida pela situação, a fim de manter preservadas as instituições Senado Federal e Congresso Nacional.

Brasília, 29 de junho de 2007

Senador Arthur Virgílio, em nome da bancada do PSDB"



29/06/2007

Agência Senado


Artigos Relacionados


Líder do PSDB pede afastamento de Agaciel da Diretoria-Geral do Senado

Demóstenes defende encaminhamento imediato de representação contra senadores ao Conselho de Ética

Tião Viana elogia postura ética do líder do PSDB

Senado aprova afastamento preventivo de senador em caso de representação ao Conselho de Ética

Senado aprova afastamento preventivo de senador em caso de representação ao Conselho de Ética

PMDB reconquista Conselho de Ética