Líder do PSDB propõe "voto de lembrança" a Sérgio Motta
Morto em meados de 1998, vítima de uma infecção pulmonar combinada com doença crônica, o ministro das Comunicações da época, Sérgio Motta (PSDB), deverá ser homenageado pelo Senado com um "voto de lembrança". A proposta foi apresentada nesta segunda-feira (02), em requerimento, pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).
Considerado como um dos homens fortes do partido no governo Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Motta recebeu, durante sua gestão, o apelido de "trator". O "insigne homem público brasileiro", nas palavras de Arthur Virgílio, receberia manifestações de apreço nesta segunda, em cerimônia realizada conjuntamente pelo Instituto Sérgio Motta e pelo Jockey Club de São Paulo.
"Como secretário-geral do PSDB e ministro das Comunicações, Sérgio Motta foi o principal responsável pelo fim do monopólio das comunicações, com a privatização do sistema Telebrás, que, além de ensejar notável avanço da telefonia brasileira, significou passo relevante para o desenvolvimento do país", afirma Arthur Virgílio no requerimento, que ainda será votado pelo Plenário.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) solidarizou-se com a homenagem ao seu companheiro de movimento estudantil, o que levou o senador amazonense a lembrar o entusiasmo e a coragem de Motta ao enfrentar o regime militar por meio do extinto jornal Movimento.
Arthur Virgílio apresentou mais três requerimentos - um deles requerendo voto de aplauso à jornalista amazonense Daniela Assayag, da Rede Amazônica de Televisão e da Rede Globo de Televisão no Amazonas, pela sua classificação como um dos cinco melhores repórteres de TV do País, na edição 2008 do Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo. Outro voto de aplauso foi proposto ao povo de São Paulo de Olivença, no Amazonas, pela passagem do aniversário do município.
O terceiro requerimento pede um voto de desagravo aos jornalistas do jornal O Dia, do Rio de Janeiro, vítimas de violência, prisão em cárcere privado e tortura, por iniciativa de integrantes de milícias que atuam no estado, à margem da lei. Os acusados, apesar de já identificados, continuam impunes.
- Peço que isso seja levado, de maneira muito enfática, ao conhecimento da direção do jornal e, mais enfática ainda, ao governador do estado do Rio de Janeiro, o ex-senador Sérgio Cabral - disse Arthur Virgílio.
02/06/2008
Agência Senado
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