Líderes da oposição anunciam vigilância até terça



Líderes do PSDB e do DEM e alguns senadores de outros partidos decidiram, em rápida reunião no final desta quinta-feira (12), que manterão vigília até terça-feira (17), à espera da reunião da Mesa para decidir sobre o pedido do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para que a Polícia Federal aprofunde as investigações sobre os documentos apresentados pelo senador Renan Calheiros.

- Vamos ficar em vigilância e esperar a reunião de terça-feira.O quadro está se deteriorando. Caso haja alguma manobra na terça, temos alternativas - afirmou o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB.

A reunião teve ainda a presença do líder do DEM, senador José Agripino (RN), o qual afirmou depois que o regimento do Senado dá guarida ao presidente Renan Calheiros de realizar a reunião da Mesa só na terça-feira (17).

Antes desta reunião dos oposicionistas, em entrevista à imprensa, José Agripino afirmou que teve início "um enfrentamento entre a Presidência do Senado e o Plenário", e não entre governo e oposição.

- O presidente do Senado está pensando muito mais em si próprio do que na instituição. Ele está imaginando que esta é uma questão pessoal. Será que ele perdeu a razão? Isso é uma questão da credibilidade de uma instituição que ele representa e de cuja reputação ele tem a obrigação de zelar - disse Agripino.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sustentou, também em entrevista, que "o senador Renan Calheiros está interferindo, como presidente do Senado, diretamente nas investigações". Acrescentou: "Desta maneira, não nos sentimos mais presididos e com condição de legislar normalmente".

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), integrante do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, também em entrevista, disse que o presidente do Senado "despachou processo contra ele mesmo, protelando, e a Mesa não reconhece que ele está impedido".

- Nós não vamos aceitar isso mais. Já chegou ao limite. Agora, é resistência. Se for o caso, vamos ao Supremo Tribunal Federal. Vamos pedir ao Supremo para a investigação continuar. Politicamente, ele vai se desgastando cada vez mais. O que ele quer? Arrumar mais um ato protelatório na terça? - disse Demóstenes.

12/07/2007

Agência Senado


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