Líderes mundiais resistem a apoiar ataque ao Iraque
- Líderes mundiais resistem a apoiar ataque ao Iraque
- Consultados por telefone pelo presidente dos EUA, George W. Bush, sobre seus planos de derrubar o ditador iraquiano, Saddam Hussein, os presidentes Jacques Chirac (França), Vladmir Putin (Rússia) e Jiang Zemin (China) fizeram objeções a uma ação militar.
Os três países, com EUA e Reino Unido, são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e têm poder de vetar uma resolução.
Os líderes disseram que uma operação contra o Iraque poderia gerar instabilidade na região. Já o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, apóia um eventual ataque dos EUA.
Bush deve expor seus argumentos à ONU na quinta-feira. Ele deseja aprovação da entidade para um ataque.
Os EUA acusam o Iraque de desenvolver armas de destruição em massa e colaborar com grupos terroristas. Bagdá nega.
Informações iniciais de que cem caças americanos e britânicos teriam participado de ataque a campo militar iraquiano geraram temor de que a ação indicasse o início de operação maciça.
Segundo os EUA, foi apenas uma resposta a ataque iraquiano a aviões que patrulhavam a zona de exclusão no sul do país. A agência de notícias oficial do Iraque disse que o alvo foram civis na cidade de Al Rutbah. (pág. 1 e A10)
- A expectativa de nova guerra liderada pelos EUA contra o Iraque provocou uma elevação do preço do petróleo nos mercados internacionais. Em Nova York, a cotação chegou a passar dos US$ 30, mas fechou em US$ 29,61 - alta de 2,2%.
Desde o começo do ano, as cotações já subiram mais de 30%. Em Londres, o barril teve valorização de 2,3% e terminou o dia vendido a US$ 28,29.
No entanto, com a queda do desemprego nos EUA, as principais Bolsas fecharam em alta.
O índice Dow Jones subiu 1,73%, e a Nasdaq terminou o dia com valorização de 3,54%.
No Brasil, o dólar subiu pelo quinto dia seguido (0,25%), para R$ 3,16. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 5%. (pág. 1 e cad. Dinheiro)
- O exercício da nossa soberania nos leva a recusar a proposta da Alca, que traz vantagens apenas para as grandes empresas internacionais.
À igreja, em cumprimento de sua responsabilidade diante de Deus, compete salvaguardar os valores éticos e contribuir para humanizar os acordos internacionais. (D. Luciano Mendes de Almeida) (pág. 1 e A2)
- Milhões de argentinos fizeram em várias cidades a maior e mais barulhenta jornada de protestos contra a violência da história do país. Por três minutos, a partir das 14h, as pessoas bateram panelas, buzinaram, tocaram sirenes e fizeram todo tipo de barulho para protestar.
A adesão mostrou o grande descontentamento com a violência, fenômeno novo no país, influenciado pela prolongada crise econômica. (pág. 1 e A11)
- Regra de venda de ação do BB é fixada - Governo não vai dar desconto de 5% para quem comprar ações com o FGTS. Controle segue com a União. (pág. 1 e B8)
- O ministro Pedro Malan (Fazenda) reafirmou, em carta a "Folha", que os principais presidenciáveis sabiam do aumento do aperto fiscal em 2002.
Os oposicionistas dizem que não foram informados da elevação do superávit primário de 3,75% para 3,88% do PIB, conforme acordo com o FMI, em reuniões com Fernando Henrique Cardoso. "Nenhum deles pediu detalhes sobre o ajuste em 2002", diz Malan. (pág. 1 e cad. Esp. pág. 5)
- A Diretoria Executiva do FMI aprovou o pacote de US$ 30,4 bilhões para o Brasil. O acordo estende até junho de 2003 um superávit primário próximo de 3,88% do PIB e fixa condições inéditas para que o País receba as parcelas do empréstimo, como a exigência de alterar o PIS.
Apesar da extensão dos 3,88% até junho, o objetivo segue sendo atingir a meta de 3,75% em setembro de 2003. (pág. 1 e B6)
- Em visita ao Rio, a escritora e ensaísta americana Susan Sontag diz que seu país usa o ataque de 11 de setembro como pretexto para a expansão de sua política externa.
Folha - A sra. escreveu há 25 anos que os EUA são um país surrealista.
Sontag - Você pode dizer que aqui no Brasil também existem milhões de pessoas loucas. Mas pelo menos elas não estão dirigindo o país. Há muito irracionalismo nos EUA. (pág. 1 e E4)
- A poucos dias do primeiro aniversário dos atentados, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, propõe um memorial discreto para a área antes ocupada pelo World Trade Center.
Pergunta - O sr. não teme um novo ataque à cidade?
Bloomberg - As forças de segurança e de inteligência estão trabalhando bem o suficiente para ter certeza de que essas tragédias nunca mais aconteçam. (pág. 1 e A10)
Colunistas
PAINEL
Anthony Garotinho e o PT de Lula costuram um pacto: o candidato do PSB intensifica os ataques a Serra na reta final da campanha e, em troca, Benedita da Silva e os petistas do Rio não batem em Rosinha Matheus.
Os tucanos já fizeram estragos na imagem de Ciro. Garotinho, dizem os petistas, pode contribuir para avariar a de Serra. (pág. A4)
Editorial
FALÊNCIA GERAL
Um sistema de segurança pública que permite a um delinqüente condenado comandar ações criminosas de dentro de um presídio está falido, necessita de uma reformulação total. A propósito, a incapacidade das autoridades públicas de manter fora de ação até mesmo presos que sabidamente lideram quadrilhas poderosas acaba de "desbravar" mais um terreno.
No Rio de Janeiro, mesmo sabendo que, de dentro da cadeia, um traficante dera ordem para assassinar cinco pessoas, o estado foi incapaz de evitar que os crimes acontecessem. (...) (pág. A2)
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09/07/2002
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