Líderes pedem liberação das galerias do Plenário para público



Foi possível às pessoas presentes ao Senado acompanhar, das galerias do Plenário, os debates e votações da reforma da Previdência na sessão desta quarta-feira (26), iniciada às 10h40. A liberação dos 60 lugares destinados ao público foi solicitada, antes do início das deliberações, pelos líderes partidários ao presidente dos trabalhos, senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO). A providência, segundo explicou o senador, já havia sido tomada pela Mesa Diretora.

O senador Eduardo Siqueira Campos e o 1º secretário, senador Romeu Tuma (PFL-SP), informaram que a direção da Mesa havia distribuído senhas às lideranças dos partidos políticos e que um limite de uma hora, a partir do começo da sessão, havia sido definido para que os portadores das senhas ocupassem as galerias. A partir daí, detalhou Eduardo, qualquer pessoa poderia entrar nos espaços.

A liberação das galerias foi requerida pelos senadores Jefferson Péres (AM), pelo PDT; Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB; José Agripino (RN), em nome do PFL; Efraim Morais (PB), pela liderança da minoria; Ney Suassuna (PB), pelo PMDB; e pelos líderes do PT, Tião Viana (AC), e do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP). Todos concordaram com a idéia de que a sociedade tem o direito de acompanhar as votações sobre tema de seu interesse.

Arthur Virgílio defendeu a realização do -ritual completo- das votações da reforma e disse que as pessoas tinham o direito de saber, por meio da TV Senado ou pessoalmente, como votariam os parlamentares que elegeram. Jefferson Péres condicionou os eventuais acordos feitos pelo PDT com a base governista à liberação das galerias e afirmou que os servidores públicos e líderes sindicais interessados em acompanhar a sessão não eram -baderneiros-.

Na mesma linha, Agripino informou que seu partido faria obstrução dos trabalhos e disse que não havia motivo para se temer tumulto. Os senadores Mão Santa (PMDB-PI), Alvaro Dias (PSDB-PR), Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e Heloísa Helena (PT-AL) apontaram o caráter anti-democrático que poderia ser incutido à sessão, caso ela não pudesse ser acompanhada pela população.

Os senadores Tião Viana, Aloizio Mercadante, Ideli Salvatti (PT-SC) e Sibá Machado (PT-AC) esclareceram que não houve nenhuma manifestação contrária do governo para ocupação das galerias. -Somos favoráveis a que todos possam acompanhar as decisões que serão tomadas democraticamente pelo Senado neste dia-, disse Mercadante.



26/11/2003

Agência Senado


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