Prefeitos pedem a liberação de R$ 1 bilhão para compensar perdas do FPM



Mais de 1.500 prefeitos de todo o país estão mobilizados no auditório Petrônio Portela do Senado Federal, em evento organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) para pressionar o governo a atender uma série de reivindicações. Eles pedem, por exemplo, o repasse adicional de R$ 1 bilhão ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Medida provisória (MP 462/09) neste sentido já foi aprovada nesta terça-feira (22) pela Câmara dos Deputados.

O Plenário da Câmara aprovou 22 das 23 emendas do Senado ao texto da Câmara para a MP, que garante o repasse adicional de R$ 1 bilhão ao FPM para ajudar as prefeituras a enfrentar as consequências da crise financeira.

A avaliação do governo é que o socorro às prefeituras deverá compensar a queda nos repasses ao FPM provocada pela menor arrecadação de tributos em decorrência da crise econômica, que provocou recuo da produção industrial e de incentivos fiscais. Para enfrentar a crise, o governo reduziu as alíquotas do IPI, o que reduziu a arrecadação.

Os prefeitos também levantam apresentam reivindicações relacionadas à educação e saúde, com maior repasse de recursos federais.

Em entrevista à imprensa, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), se mostrou otimista quanto ao atendimento, pelo governo, das reivindicações das prefeituras.

- Acredito que o presidente Lula se sensibilize. Garanto que haverá empenho do Senado e da Câmara para aprovação da regulamentação da Emenda Constitucional 29, que é um exemplo de flexibilização e autonomia - avaliou, referindo-se à Proposta de Emenda Constitucional que destina mais recursos aos municípios para destinação à Saúde.

Com a regulamentação da Emenda 29, 25% dos recursos adicionais arrecadados para a saúde serão destinados aos municípios, e esses, por sua vez, deverão destinar, obrigatoriamente, 15% do montante total para o setor.

Pré- sal

Os prefeitos também estão discutindo o novo marco regulatório do pré-sal, o novo parcelamento das dívidas previdenciárias e a tramitação das PEC dos Precatórios. A preocupação dos prefeitos aumenta porque, a partir de janeiro do próximo ano o salário mínimo será R$ 505,90, o que irá causar impacto nas finanças municipais.



23/09/2009

Agência Senado


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