Lindberg Cury defende reajuste maior para funcionalismo público



O senador Lindberg Cury (PFL-DF) defendeu, nesta segunda-feira (dia 3), "uma conjugação de forças para mudar a posição irredutível do governo" no que diz respeito ao índice de 3,5% reajuste concedido ao funcionalismo público. O senador lamentou a situação de penúria dos servidores públicos, há mais de sete anos sem reajuste salarial, e ressaltou que, em Brasília, a situação torna-se ainda mais preocupante uma vez que a economia da cidade depende dos salários do funcionalismo.

- São mais de 320 mil servidores que ajudam a girar a roda da economia local. Não dá para separar. Quando um vai mal, o outro também vai - afirmou, destacando que arrocho semelhante não encontra precedentes na história do país sem inflação.

Embora reconhecendo o sucesso do governo no que diz respeito ao controle da inflação, Lindberg Cury disse que é preciso encontrar caminhos que garantam a estabilidade econômica sem o sacrifício das classes produtivas - empresariais e trabalhadoras. Ele acrescentou que, no momento em que o Orçamento 2002 começa a ser discutido, este assunto não pode ser deixado de lado, "dependendo apenas da boa vontade dos burocratas e economistas do governo".

O senador registrou sua participação num seminário realizado na semana passada na Câmara dos Deputados, que reuniu parlamentares, representantes de entidades patronais e de trabalhadores, patrocinado pele Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis) e pela Associação Comercial do Distrito Federal - da qual é ex-presidente. Na oportunidade, informou, todos defenderam um reajuste maior para o funcionalismo.

Em aparte, o senador Sebastião Rocha (PDT-AP) disse concordar com Lindberg Cury sobre a necessidade de se dar um reajuste superior aos 3,5% oferecidos pelo governo ao funcionalismo público. Ele pediu também que sejam esclarecidas informações por ele recebidas de que o ministro do Planejamento, Martus Tavares, estaria pressionando os presidentes do Senado e da Câmara para que não paguem os atrasados de 11,98% relativos à correção da URV desde 1994, já ganhos na justiça pelos funcionários das duas Casas.

03/09/2001

Agência Senado


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